Brasília – Na divisa dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, na região de Visconde de Mauá, a família Bühler aprendeu a lição da sustentabilidade com os antepassados. No hotel de sobrenome alemão, os atuais proprietários levam a sério a preocupação com o meio ambiente, mantendo intactos mananciais, nascentes, rios e toda a mata nativa da área de 175 mil m² ao redor do empreendimento.
À frente do estabelecimento está Norma Bühler, neta dos fundadores do hotel, que ocupa a direção, e Rogério, que gerencia o estabelecimento. A história dos Bühler com o turismo começou em 1917, quando o alemão Christophe percebeu que a região era rota de viajantes. Muitas pessoas atravessavam a serra em lombo de burro e precisavam pernoitar.
Christophe destinou dois cômodos a esses aventureiros e começou a ganhar o pão no Brasil. E os hóspedes não paravam de chegar. Até que, em 1931, a pousada virou referência na região, cravada em área de proteção ambiental da Serra da Mantiqueira. No início, eram quatro chalés. Hoje, são 21, que acomodam 60 pessoas, a uma diária de R$ 400. A taxa de ocupação é de 100% nos fins de semana e feriados. Nas demais datas, o índice de ocupação atinge 40%. O faturamento mensal chega a R$ 60 mil.
Em 1947, os Bühler construíram uma usina hidroelétrica para abastecer o hotel com energia limpa e renovável. Hoje, placas solares aquecem a água da piscina térmica e elevam a temperatura da água dos chalés e uma estação de gás leva calor aos chuveiros. Além disso, 70% das lâmpadas comuns foram substituídas por econômicas. Essas ações reduziram em 70% o consumo de energia do hotel. “A conta de luz pesava no orçamento”, lembra Norma.
Boa parte da água volta ao leito do rio tão limpa quanto entrou – em um grande lago, carpas e aguapés limpam a água usada no hotel. A exceção é a usada nos sanitários.
Menos é mais
A sustentabilidade ainda está presente no cardápio, inspirada nas culinárias mineira e germânica, com vegetais produzidos de forma orgânica. “Ter um negócio sustentável é mais lucrativo e pode atrair mais clientes. Aprendemos a lição direitinho”, afirma Rogério.
Outra destaque é o projeto Lixo Mínimo, criado há 20 anos, que busca reduzir, reaproveitar e reciclar tudo o que for possível. Todo o lixo é separado: o orgânico enriquece a terra e o reciclável, devidamente limpo, seco e separado, é doado para a Cooperativa de Catadores de Rezende.
Desde 2001, nenhum resíduo produzido no hotel é enviado para aterro. Para isso, os Bühler investiram em composteiras – usinas que transformam o lixo orgânico em húmus. “Nem folha de papel entra no caminhão de lixo de prefeitura. Conseguimos conscientizar toda a população da região sobre a importância de reciclar”, comemoram Norma e Rogério.
Responsáveis por menos impacto ambiental, menos lixo nos rios, na mata, nas ruas e nos depósitos, essas ações renderam ao hotel o selo Eco Hospedagem, concedido pelo Guia Quatro Rodas. Os Bühler reconhecem que os cursos realizados no Sebrae foram fundamentais para a trajetória empresarial da família: “Com eles, nossos horizontes se ampliaram para o crescimento do nosso negócio”.
Rio+20
Há 40 anos, o Sebrae promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável da micro e pequena empresa. Sustentabilidade tem a ver com empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro e responsabilidade social e ambiental. Por isso, os pequenos negócios farão a diferença na Rio+20.
O Sebrae é uma agência de fomento e assistência técnica aos pequenos negócios, que correspondem a 99,1% das empresas e empreendedores individuais (EI) do país, além de 4,4 milhões de agricultores familiares. Isso corresponde a mais de 37 milhões de pessoas comprometidas com empreendedorismo no país.
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Hotel Bühler
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