Inicio esse Artigo com uma afirmação do filósofo Mário Cortella: “liderança é uma função e não um cargo”. Notem que a diferença está na definição, porque ’cargo’ é o nome dado à posição que uma pessoa ocupa; ‘função’ é o conjunto de responsabilidades e tarefas que estão relacionadas com o cargo ocupado.
Acredito que as empresas notarão, um dia, que os profissionais mais adequados às promoções hierárquicas de uma corporação são “aqueles que já foram reconhecidos como líderes pelos seus futuros liderados”. Aí, somente a partir desse dia, as promoções não mais serão decididas por um ou mais profissional de alto escalão, normalmente com a participação do pessoal da área de RH da empresa.
Cumpre lembrar, antes de continuar por essa linha de pensamento, que os novos modelos de gestão passam pela participação da área de RH. Porque, atualmente, cabe aos profissionais dessa área executar testes que determinem a ‘Essência’ e outros atributos necessários para identificar nos candidatos qual profissional tem o perfil mais adequado para ser contratado a uma área específica (Administrativa, Financeira, Comercial, etc.).
Em tempo, como o conteúdo desse artigo deverá estar dentro de bases filosóficas, de acordo com seu título, necessito informar a você, leitor, que estou começando a escrever embasado em tecnologia e não em filosofia. Mas, sem me contrapor a isso, devo dizer que utilizarei “Filosofia com Tecnologia”. Ambos, posto que as bases filosóficas determinem os ‘eleitos’ e as bases tecnológicas confirmem a assertividade da escolha.
Apesar de saber da eficácia das bases científicas e dos padrões acadêmicos vigentes para parametrizar quem tem ou não os atributos esperados para ocupar determinado cargo, devo dizer que muito valorizo as bases filosóficas.
Relatarei um caso real de aplicação da Filosofia, com a intenção de levar imagens ao cérebro: “Arquitetos, alunos de uma Escola de Filosofia, procuraram seu mestre para perguntar onde deveriam pavimentar as áreas de pedestres em um novo clube de campo. O mestre respondeu, basta observar onde a terra já foi marcada pelos transeuntes antes de fazer o projeto”…
Percebe agora, caro leitor, que a observação filosófica de fatos simples, como “quem sempre atrai os colegas de trabalho para junto de si, só pelo fato de ser bom ficar com ele/a?” ou “quem eles procuram para ser seu porta-voz quando querem pedir algo para sua empresa?”, demonstra quem de fato é ou quem de fato deveria ser o líder desse meio.
Qualquer um dos dois exemplos acima citados indica, analogamente, o “saber onde a terra foi marcada”, tanto para descobrir se o líder atual cumpre bem sua função de liderança, quanto para nortear a escolha de um novo líder para um cargo aberto ou mal ocupado.
No 2º parágrafo desse artigo coloquei “aqueles que já foram reconhecidos como líderes pelos seus futuros liderados”, com a intenção de criar uma base para mostrar como a Filosofia é simples. E, por ser simples assim, já está alinhada com os padrões da natureza.
Então, como já estabelecemos desde o início que liderança não é um cargo e sim uma função, poderemos continuar pontuando que cargo é algo circunstancial e função é algo vocacional. Por ser circunstancial, cargo depende de alguma coisa ou de alguém. Por ser vocacional, o exercício da função é uma questão de atitude e não depende de nada, nem de ninguém.
As bases da Filosofia Milenar, aquela que herdamos de grandes seres que por aqui passaram (todos grandes líderes, também), deverão nortear quem de fato quiser liderar com eficácia e generosidade. Líderes, já reconhecidos como tal, baseiam-se nos ensinamentos e nos exemplos desses seres.
Creio que herdamos todo o conhecimento necessário para entender que a liderança existe em si mesma e em cada um que aceitar ser herdeiro desse conhecimento maior. Em Filosofia, sábio é quem aplica o que aprendeu e sabido é quem não aplica o que aprendeu. Essa é a diferença entre SER e ter o conhecimento.
Posso encerrar com esse lembrete: ao trabalhar para apreender os elevados ensinamentos legados, algo que recomendo a todos, facilmente você entenderá que obter um cargo almejado e ter um bom desempenho de função é possível a todo e qualquer ser humano interessado em melhorar-se.
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Moracy das Dores, um Mercadólogo reconhecido pelo MEC e especialista em Marketing, Comunicação e Vendas. Implantou o 1º Call Center do Brasil, há 31 anos – Atual Consultor de Marketing da Trade Call Service. Escreveu e publicou dois livros: “Para sua vida melhorar, basta saber negociar” e “O Objetivista e a nova forma de ser e de estar no planeta Terra”.
