Natal– Nem bem a porta do ônibus abriu e dona Maria de Fátima Lima saiu em desabalada carreira. Parecia não sentir o sol forte do meio-dia, mesmo quando subia a rua em aclive acentuado que leva ao Centro de Convenções de Natal (RN), onde acontece a Feira do Empreendedor do Rio Grande do Norte. E como se revelasse um segredo guardado a sete chaves, ela aproxima a cabeça do ouvido do interlocutor e diz quase num sussurro: “Quero abrir o meu próprio empreendimento”.
Tanta ansiedade se explica. Dona Maria corria para não perder o início da oficina de empreendedorismo oferecida pelo Sebrae durante o evento. Ao todo, são 180 eventos de formação, entre palestras, oficinas e cursos, que provocam um vai-e-vem constante de pessoas nas diversas salas do local. O gerente de educação do Sebrae no Rio Grande do Norte, Antônio Carlos Liberato, diz que a procura superou as expectativas. “Tivemos de colocar cadeiras extras em todas as salas.”, conta.
Neste ano, os cursos foram programados para atender tanto quem ainda planeja montar um negócio quanto para quem já integra o universo empreendedor. “Metade das palestras é para quem já é empresário, e tratam de temas como marketing e propaganda. A outra metade é para quem não conhece nada do mundo dos negócios”, conta Liberato.
José Silva é um dos instrutores das oficinas de empreendedorismo. Segundo ele, a metodologia aplicada situa os alunos sobre a realidade da vida empresarial. “Saímos do ritual das teorias e as situações ficam reais”, afirma. Para o também instrutor, Antônio Roberto Lamas, os cursos provocam uma reflexão maior sobre a viabilidade dos futuros investimentos. “Muitas vezes os exercícios podem até adiar o sonho de ter o próprio negócio. Mas isso também é importante e evita decepções”, pondera o instrutor do Sebrae.
Dono de uma gráfica, Marcos Antônio de Carvalho, e a amiga, Tainá de Almeida Chagas, estudante de administração, participam das oficinas de empreendedorismo desde o primeiro dia. Nesta sexta-feira, eles circulavam entre as pessoas com uma bandeja repleta de alfajores, o tradicional doce de chocolate recheado com doce de leite. Tratava-se de um exercício passado pelo instrutor. E parece que a lição foi bem apreendida. “Percebemos que para vender algo é preciso conhecer o produto. Era isso que o instrutor queria mostrar”, disse Marcos.
No caso da Verônica Azevedo, o interesse era pelas palestras. Dona de um pequeno frigorífico em Caicó (RN), há 297 quilômetros da capital do estado, ela convidou o amigo Luan Silva Santiago, que é aluno de fisioterapia, e viajou até Natal para participar da feira. As palestras, eles escolhem na hora. Depois de ouvir muito, Verônica aprendeu uma lição. “Eu achava que propaganda era algo secundário. Agora sei que temos que investir na visibilidade”, disse.
A Feira do empreendedor também é programa de família. Que o digam a contadora Ana Célia e a administradora Maria Clara de Azevedo Araújo, mãe e filha. Elas planejam abrir uma loja de produtos para o lar. Depois de participarem da palestra Como escolher o ponto comercial, elas começaram a dar mais importância para a localização da futura loja. E já decidiram: “Depois da feira vamos procurar o Sebrae para começar certinho e não morrer na praia”.
Serviço
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851 / 3243-7852 / 8118-9821 / 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
www.agenciasebrae.com.br
www.twitter.com/sebrae
www.facebook.com/sebrae
Via RSS de RSS Feeds – Agência Sebrae de Notícias
Leia em RSS Feeds – Agência Sebrae de Notícias