Natal – O Seridó é conhecido no Rio Grande do Norte por abrigar grandes reservatórios, como os açudes Itans e Gargalheiras, característica que favorece a atividade econômica da piscicultura. Agora, produtores de pescado da região estão se unindo para ganhar mais competitividade, novos mercados consumidores e para baratear os custos de produção. Nesta quinta-feira (21), um grupo de 25 empreendedores do setor formalizará a Associação de Criadores de Peixe do Seridó. A iniciativa tem o apoio do Sebrae no Rio Grande do Norte, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) e Estação de Piscicultura de Caicó.
No ano passado, parte dos criadores que farão parte da associação chegou a produzir 450 toneladas de pescado, entre tambaquis, carpas e tilápias, cultivado em tanques, escavados, de rede ou em açudes. A expectativa é de que, com a união, a produção anual suba para duas mil toneladas, em condições climáticas normais.
A proposta da Associação é ampliar a área de comercialização e logística do pescado, com a estruturação de uma Central de Distribuição e Compras, o que também minimizará um dos principais entraves para expansão da atividade: o alto valor dos insumos. Com a Central, a compra de ração – que representa cerca de 80% dos custos de produção – poderá ser feita em grande escala e negociada diretamente com o fabricante.
O grupo está sendo orientado pelo Sebrae, por meio dos projetos setoriais de Piscicultura e Redes e Centrais de Negócios, no que se refere ao associativismo. “A intenção é melhorar as tecnologias na área de criação em conformidade com legislação ambiental”, afirma o gestor do projeto de Redes e Centrais de Negócios do Sebrae no estado, José Rangel de Araújo. Para ele, existe uma demanda de consumo para esse tipo de produto, o que favorece a introdução do pescado em programas municipais de aquisições públicas, como o Compra Direta, responsável pelo abastecimento da merenda escolar dos municípios. “Tendo um planejamento de produção, há demanda para negociação, inclusive com as principais redes de supermercados que atuam no estado”. O gestor aponta ainda que a margem de lucro poderá ser elevada em até 50%. Já as compras conjuntas de insumos também poderão sofrer uma queda no preço de 10% a 20%.
A possibilidade de união e redução de custos de produção animou o técnico agrícola Agripino Cunha Ribeiro, piscicultor que possui 17 tanques escavados em Caicó. Ele produz uma média de 45 toneladas anuais de pescado, sendo 80% de tambaqui e 20% de tilápia, que são repassados a um comprador do Piaui. “A associação será muito importante para o escoamento da produção e fortalecimento do setor. Vamos ganhar em garantia de escala de produção, o que nos possibilita chegar a outros mercados e a grandes compradores”, comemora o produtor.
Para Agripino Cunha, um dos maiores benefícios da associação é a possibilidade de redução do custo dos insumos. A ração é o que mais pesa no bolso do criador. “Comprando juntos teremos mais facilidade também ao financiarmos a compra de máquinas e equipamentos para beneficiamento do pescado”. A proposta da associação é reunir não apenas criadores potiguares, mas outros estados que fazem divida com o Rio Grande do Norte e têm vocação para a piscicultura.
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