Um dos segredos do sucesso é alimentar expectativas realistas em nossos horizontes profissionais, jamais nos deixando ludibriar por promessas fáceis ou falsas, especialmente quando oriundas de burocratas governamentais, ou de políticos que dizem o que a população quer ouvir, para serem eleitos. 2018 será ano de eleições; provavelmente, teremos de ser pacientes, pois investidores estrangeiros estarão atentos às flutuações econômicas domésticas, e invariavelmente manterão certa cautela quanto ao cenário político e financeiro que moldará o panorama nacional.
De acordo com o FMI, o PIB nacional terá um crescimento de 1,3% no próximo ano. Um decréscimo de 0,4%, diante do 1,7% que havia sido estimado inicialmente. Como será um ano de eleições presidenciais, devemos esperar um crescimento que será modesto, na melhor das hipóteses.
No entanto, algumas projeções são mais otimistas. O mercado financeiro calcula na faixa de 2% o crescimento do Produto Interno Bruto para o próximo ano, com uma inflação estável e controlada. Como o poder de compra da moeda será um pouco menos corroído, um cenário econômico mais viável e mais propenso à produtividade pode tornar 2018 um ano superior a 2017. Até o momento, tal notícia deve ser encarada de forma positiva, pois faz o Brasil deixar o ranking de países com previsões de crescimento negativo.
Evidentemente, 2018 não será um formidável paraíso, mas podemos trabalhar arduamente para que 2019 fique ainda melhor. De qualquer maneira, devemos exigir peremptoriamente do próximo governo exatamente isto: medidas rápidas e eficientes para a economia, supressão de restrições e reservas de mercado, dramática simplificação da burocracia, e redução da carga tributária. É fundamental que a classe empresarial brasileira fique bem atenta ao que cada um dos presidenciáveis tem a declarar a respeito do assunto.
Com uma taxa de juros mais estável, e um mercado em relativo aquecimento, o negócio é torcer para que, no decorrer do ano que virá, a classe política não comprometa esta retomada econômica com medidas intervencionistas absurdas, ou com a costumeira irresponsabilidade fiscal. Não obstante, é fato conhecido que o governo também deseja uma melhora substancial no desempenho econômico da nação. Segundo artigo no site Valor, “O mercado passou a elevar a projeção para o crescimento da economia após o resultado favorável do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. A alta de 0,2% sobre os três primeiros meses do ano levou até mesmo a equipe econômica do governo a rever suas estimativas. Cálculos iniciais já apontam que a perspectiva oficial deve passar do aumento de 0,5% para 0,7%”. (artigo na íntegra http://www.valor.com.br/brasil/5113930/mercado-espera-expansao-maior-da-economia-em-2017-e-2018-traz-focus).
As expectativas, portanto, são de relativa prosperidade e otimismo. Evidentemente, esse otimismo deve ser moderado e salutar em toda a sua conjuntura, pois não haverão milagres em 2018. Todos teremos ainda que trabalhar muito, e esperar pouco do governo, sabendo que o estado é, por natureza e definição, letárgico e vagaroso, e, em suas fileiras, existem pouquíssimos indivíduos que realmente trabalham para o desenvolvimento geral da nação.
Não obstante, que tenhamos todos, dentro do possível, um excelente 2018!