Brasília – De espécie ameaçada de extinção ao status de maior ativo econômico e geração de renda e emprego da região amazônica. Tudo isso em apenas seis anos. É o que acontece com o pirarucu, peixe típico dos rios da Amazônia.
A transformação começou em 2007, quando o Sebrae deu início ao Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia. O primeiro desafio era conseguir a reprodução e a engorda da espécie em cativeiro. Foi um período dedicado exclusivamente à pesquisa.
Inicia agora uma nova fase do projeto, que vai se estender até o fim de 2014. As estratégias para a consolidação da cadeia produtiva do pirarucu na região amazônica foram debatidas nessa quinta (12) e sexta-feira (13), na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, por gerentes e gestores da instituição dos sete estados do região Norte (Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, e Tocantins).
Entre as medidas de estímulo definidas no encontro estão o aumento da produção e a organização da cadeia produtiva. O Sebrae também participará da criação do Selo Amazônico, que certificará a origem do produto e será validado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
A coordenadora nacional do projeto Pirarucu, Newman Costa, enumera as prioridades. “Vamos estruturar a cadeia produtiva com foco na gestão e política ambiental, redução da carga tributária para a produção, e transferência das técnicas de reprodução e engorda”. Em função de um estudo de mercado nas grandes capitais, o projeto também vai executar ações focadas no desenvolvimento do mercado gastronômico.
João Machado Neto, coordenador regional do projeto, diz que a segunda etapa prevê também o aprofundamento das pesquisas de reprodução, engorda, sanidade e manutenção dos cardumes mantidos em cativeiro. Para isso, o Sebrae contará com a parceria de dois importantes centros de pesquisa: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA).
A organização da cadeia produtiva do pirarucu criado em cativeiro no norte do país terá um efeito transversal importante, na opinião do coordenador regional. “A reprodução, criação e engorda em cativeiro vai diminuir a pressão sobre os cardumes naturais. O que é bom porque o peixe corre o risco de sumir dos rios”, prevê João Neto.
Consumo
O diretor-técnico do Sebre em Rondônia, Hiram Leal, prevê um forte crescimento no consumo do peixe nos próximos anos. “A tendência é essa, já que a produção em cativeiro do pirarucu virou política de governo”, comemora.
Luis Carlos Paiva, diretor-administrativo e financeiro do Sebrae no Acre, considera que as informações adquiridas ao longo dos últimos seis anos vão ajudar na segunda fase do projeto. “Já temos um bom conhecimento cientifico, técnico e mercadológico e isso vai consolidar a cadeia produtiva do pirarucu no norte”.
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