Brasília – Rosana Batista é empreendedora individual (EI) do ramo da gastronomia e desde a pacificação do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, recebe orientação do Sebrae para Empreendedores Individuais (SEI) junto com outros moradores da comunidade. Segundo conta, os conhecimentos adquiridos impulsionaram os negócios. “Aprendemos a comprar, vender e gerir financeiramente os empreendimentos”, destacou.
A carioca foi convidada a falar sobre o SEI para os gestores e gerentes que participam do Encontro Nacional de Inclusão Produtiva, que reúne 600 colaboradores do Sebrae até quinta-feira (05), no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. A ideia é incentivar a difusão da ferramenta de capacitação dos EI entre os colaboradores da instituição de todo o país.
O SEI é uma das principais apostas do Sebrae para a sustentabilidade dos EI. O programa desenvolve sete temas: Unir Forças para Melhorar, Planejar, Administrar, Comprar, Vender, Empreender e Controlar Meu Dinheiro.
Mas se a sustentabilidade dos EI já formalizados exige esforço dos colaboradores do Sebrae, atrair novos empreendedores é um desafio maior. Principalmente quando se trata de pessoas que recebem o benefício do Bolsa Família, o programa de distribuição de renda do governo federal.
O gerente de Desenvolvimento Territorial da instituição, André Spínola, lembrou que muitos beneficiários do programa temem a formalização porque acreditam que poderiam perder o pagamento. Ele destacou que o registro do público do Bolsa Família não tem caráter de exclusão. “Tudo depende da renda da família”, lembrou Spínola aos participantes do encontro.
Outro painelista da tarde desta terça-feira, o analista de Atendimento Financeiro do Sebrae, João Silvério, destacou o papel da instituição na expansão do microcrédito. “Precisamos massificar o crédito”, disse. Silvério prevê que a demanda e a oferta de financiamento crescerá nos próximos anos. Por isso a parceria do Sebrae na orientação aos pequenos negócios é importante para o futuro das instituições. Com a redução do custo dos empréstimos de 60% para 8%, haverá procura maior pelo microcrédito. “Os bancos vão nos procurar para que os financiados tenham tecnologia empresarial”, disse em referência à qualificação da gestão financeira dos pequenos negócios.
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