Brasília – O Sebrae quer as micro e pequenas empresas brasileiras na cadeia produtiva das grandes marcas francesas. Para isso, a instituição vem desenvolvendo estudos visando à inserção dos pequenos negócios como fornecedores diretos ou de outras grandes empresas participantes da cadeia produtiva dessas multinacionais. “A inclusão das micro e pequenas empresas na cadeia produtiva das grandes indústrias é um trabalho que vem trazendo ganhos a todos os parceiros”, declarou o presidente da instituição, Luiz Barretto, durante o I Encontro da Câmara de Comércio Brasil-França, nesta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro. “Ao se qualificarem para atender às exigências das multinacionais, os pequenos negócios se estruturam para operar no mercado externo, não apenas no aspecto técnico, mas também em seus sistemas de gestão. De outro lado, os grandes grupos ganham com fornecedores mais produtivos e competitivos”, completou.
O trabalho de adequação técnica e gerencial dos empreendimentos de micro e pequeno porte às exigências das grandes indústrias tem crescido fortemente no Sebrae por meio do programa Encadeamento Produtivo. Nele, em parceria com grandes empresas no Brasil, o Sebrae identifica a demanda que pode ser atendida pelos pequenos negócios, elabora planos de capacitação, respondendo aos problemas técnicos e gerenciais que impedem o segmento de participar de forma competitiva da cadeia produtiva desses grandes clientes, como fornecedor direto ou indireto – abastecendo a outros fornecedores.
A meta do Sebrae com essa iniciativa é elevar o grau de inovação tecnológica, melhorar a gestão e ampliar as oportunidades de negócios em mercados externos para o segmento. “A força do mercado interno faz com que os empresários se voltem para o consumidor brasileiro. Com o incentivo ao mercado internacional, os pequenos negócios podem contribuir para as exportações nos setores de serviços, economia criativa e tecnologia da informação”, afirmou Luiz Barretto.
Os micro e pequenos empreendimentos são responsáveis pela geração de 70% dos empregos formais em todo o Brasil. Além disso, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, aprovada em 2006, trouxe avanços para os pagamentos de tributos por meio do Supersimples. Em 2009, a lei deu condições ao trabalhador por conta própria, com ganhos de até R$ 60 mil por ano, se tornar um Microempreendedor Individual (MEI). Dois anos depois, houve a atualização dos limites de faturamento dos pequenos negócios.
Desde 2009, o Sebrae mantém uma parceria com o Banco do Brasil para divulgar linhas de financiamento e produtos de apoio ao comércio internacional para os pequenos negócios. Além disso, prevê a convergência da difusão da cultura exportadora e capacitação de empresários. A parceria, renovada ano passado, vigora até agosto de 2013.
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