Ninguém duvida que o fim do ano é a temporada do estresse agudo. Em seu blog no site da Harvard Business Review, a psicóloga Heidi Grant Halvorson, do Centro de Ciência da Motivação da Columbia University Business School, apresenta nove dicas “cientificamente comprovadas” para lidar com o estresse. Ela lembra que “a diferença entre os bem-sucedidos e os demais não é que eles não sentem estresse, mas que eles sabem lidar com isso”. As nove táticas são:
1.Tenha autocompaixão.
Isso significa ter disposição para encarar seus erros ou falhas com simpatia e compreensão – sem severidade e sem ficar na defensiva. Segundo Heidi, estudos mostram que a autocompaixão torna as pessoas mais felizes e otimistas, menos ansiosas e deprimidas – e mais bem-sucedidas. A ideia de que ser exigente consigo mesmo nos leva a ter melhor desempenho “é 100% errada”.
2.Tenha em mente o quadro geral.
Estar consciente dos grandes objetivos pode ser muito motivador diante dos desafios, porque você vincula uma pequena ação a um propósito. Atividades que podem parecer mecânicas ou sem importância ganham outro significado sob essa perspectiva.
3. Adote rotinas.
Heidi diz que, ao enumerarem as causas de estresse, as pessoas raramente mencionam a pressão para tomar decisões, embora esta seja uma das atividades mais exaustivas do dia a dia. A solução é reduzir o número de decisões usando rotinas. Se há algo que você precisa fazer todo dia, faça todo dia do mesmo jeito. Um adepto dessa estratégia é o presidente Barack Obama – é por isso que ele usa apenas ternos cinza ou azuis.
4. Tire 5 ou 10 minutos para fazer coisas que considere interessantes.
Pesquisas recentes mostram que assuntos que despertam seu interesse não só mantêm você atento, apesar de todo cansaço, mas também recarregam suas energias. Mas mantenha em mente que interessante não é o mesmo que agradável, divertido ou relaxante (embora também possa ser). Parar para comer um lanche não pode ser considerado interessante. Além disso, interessante não significa sem esforço. Portanto, não se deve confundir fazer algo interessante com “dar uma relaxada”.
5. Acrescente “quando” e “onde” à sua lista de coisas a fazer.
Em vez de manter uma lista com vários itens e passar dias sem conseguir “ticar” nenhum, incluir o “quando” e o “onde” dobra ou triplica as chances de que sejam realizados, segundo “quase 200 estudos”. Programe, por exemplo, o horário do dia que vai dedicar a responder emails ou telefonemas.
6. Condicione suas reações.
A ideia é deslocar o foco das causas do estresse para o próprio estresse. Antecipe-se às situações e faça uma lista mental com frases do tipo “se eu vir um monte de emails na minha caixa, continuarei calmo e relaxado” ou “quando o prazo estiver se aproximando, vou manter a cabeça fria”.
7. Avalie seu trabalho em termos de progresso, não de perfeição.
Heidi diz que a diferença entre as duas coisas é a mesma entre “querer mostrar que você é bom e querer ser melhor”. Uma das grandes causas do estresse é comparar-se com outras pessoas ou mesmo consigo mesmo e não conseguir se equiparar. Todos sabem que se preocupar demais com o próprio desempenho aumenta a chance de erro.
8. Não se esqueça do que já realizou.
Perceber até que ponto você já progrediu numa determinada tarefa estimula as emoções, a motivação e a percepção durante um dia de trabalho. Os estudiosos chamam isso de “pequenas vitórias” que nos fazem ir em frente.
9. Descubra se o que funciona para você é otimismo ou pessimismo defensivo.
Algumas pessoas encontram dificuldade em se manter positivas quando têm muito a fazer, e tentar mudar essa disposição só vai acrescentar mais uma camada de estresse à lista de afazeres. Descubra seu “estilo motivacional” – note, por exemplo, se você é do tipo que trabalha para manter a máquina funcionando ou para obter uma promoção. Nenhum dos estilos é “errado”. Apenas se conscientize da maneira como você encara as coisas que precisa fazer e vá em frente sem se culpar.