Há mais de 50 anos, o físico Freeman Dyson propôs uma ideia impressionante e ligeiramente maluca: uma civilização alienígena avançada poderia construir uma enorme esfera que coleta energia ao redor de sua estrela, e viver dentro dessa esfera.
Os cientistas nunca desistiram de estudar esferas de Dyson; eles até mesmo realizaram algumas buscas legítimas por suas emissões de calor infravermelho. Agora, os físicos İbrahim Semiz e Salim Oğur podem ter uma explicação para não conseguirmos encontrar essas megaestruturas: se esferas de Dyson existirem, elas provavelmente são muito menores do que pensávamos.
A ideia das esferas de Dyson provavelmente se tornou popular após aparecer no episódio “Relíquias” de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração. Nele, a tripulação da USS Enterprise-D se depara com uma esfera de Dyson completa, cujos sistemas automáticos puxam a nave para dentro.
Desde que Dyson propôs a ideia de enormes habitats espaciais pela primeira vez, os cientistas tentaram imaginar como estas estruturas poderiam funcionar fisicamente. De um modo geral, os pesquisadores se concentraram em esferas de Dyson encapsulando estrelas semelhantes ao Sol.
Mas este cenário traz alguns problemas enormes e talvez insuperáveis. Para começar, essa esfera teria de ser construída a uma distância de cerca de 1 UA, a mesma distância entre a Terra e o Sol. Isso significa que a estrutura seria absolutamente enorme, exigindo grandes volumes de material para a construção.
Além do mais, a superfície da esfera teria apenas níveis minúsculos de gravidade. Para viver nela, os humanos precisariam de uma grande modificação genética, ou algum sistema avançado de gravidade artificial, algo que não conseguimos criar nem mesmo na teoria.