A moça no caixa do supermercado estava em seu primeiro dia de trabalho. Obviamente, um pouco lenta, ainda aprendendo os trâmites do sistema. Na fila, passou um impaciente. Passaram dois. Passaram três. Chegou a minha vez e antes que eu pudesse dar boa tarde ela já estava pedindo desculpas pela demora. Tinha acabado de começar o turno e já exibia uma aparência exausta. Pensando bem, não adiantava muito desejar boa tarde para quem não a teria. Ela vive no mundo dos apressados. Dos que correm pra poder fazer outra coisa correndo. Dos que precisam ser servidos com a máxima eficiência no menor tempo. Dos mimados. Mas ninguém tem culpa de ser mimado, é sempre culpa de quem criou o monstrinho. E a nossa geração está sendo criada pelo computador, cuja virtude técnica mais apreciada é a rapidez. – Não se preocupe, moça. Vai no seu tempo. – me compadeci, pensando no quanto desejei que alguém tivesse me dito isso várias vezes naquela semana. E você já deve estar aí, se…
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