O cinema sempre ajudou a contar a história de personalidades importantes, e dessa vez o escolhido foi Alan Turing. Você pode conhece-lo daquela lenda urbana de que o logo da Apple, com uma maçã multicolorida mordida, teria sido uma homenagem a ele, ou pelo teste de Turing, capaz de medir se a capacidade de uma máquina é equiparável à inteligência de um humano, mas o cientista também tem um outro grande feito na sua história: ele é considerado o criador do primeiro computador.
No longa-metragem dirigido pelo norueguês Morten Tyldum, que estreia sua primeira produção em inglês, a trama concentra-se nos anos em que Turing participou da criação de máquinas que tinham decodificavam as mensagens criptografadas trocadas entre os membros do Eixo, durante a 2ª guerra mundial. O sucesso da iniciativa, capitaneada por um time de especialistas, ajudou os aliados a vencerem batalhas cruciais, e especialistas militares especulam que o trabalho de Turing ajudou a acabar com a guerra um ou dois anos antes do previsto.
Com Benedict Cumberbatch no papel de Alan Turing e Keira Knightley como Joan Clarke, colega de Turing na equipe que trabalhou na quebra da criptografia alemã, o filme já recebeu fortes críticas antes mesmo da sua estreia. Andrew Hodges, autor da biografia que inspirou a produção do filme, já declarou ter ficado ‘alarmado’ com a discrepância entre a sua obra e o roteiro, que teria exagerado no romance entre Alan e Joan, e deixado pouco evidente a genialidade do personagem principal.
O produtor Teddy Shwarzman respondeu às críticas lembrando que trata-se de um drama, e que ainda que ele seja baseado em uma história real, existem algumas licenças poéticas. Ao assistir o trailer, é possível reparar que deixam no ar um ‘segredo’ sobre o personagem, o que talvez possa ser a deixa cinematográfica para comentar a homossexualidade do cientista, que o levou a ser condenado pela justiça. Entre as penas propostas, Turing teria preferido a castração química à prisão, mas a terapia, que ainda era experimental, acabou levando ele a preferir o suicídio ao comer uma maçã embebida em cianureto.
“The Imitation Game” estreia nos EUA em 21 de novembro, e ainda não tem previsão chegada aos cinemas brasileiros.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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