Em 2007, quando apresentava o iPhone, Steve Jobs disse que a ideia era conseguir “fazer com que você use seus contatos como nunca fez antes”. No entanto, muitas vezes o que acabamos sentindo é um excesso de informações que estão sempre precisando de organização, ou que nossas mentes usam outros critérios de ‘busca’ que não são o nome ou sobrenome da pessoa.
Ao invés de se tornar mais uma ferramenta que tenta condensar contatos de redes sociais diversas e mesclá-las com os contatos que já estão no seu telefone, a proposta da Humin é diferente: ela quer substituir o seu atual aplicativo de chamadas.
No vídeo de apresentação, o app já aparece no local que costumava ser cativo do quadradinho verde do iPhone, e a proposta é essa mesmo: que você deixe de usar aquele app e passe a fazer tudo através do Humin. Segundo o criador do app, Ankur Jain,
o que realmente vai fazer a diferença é permitir que as pessoas busquem as informações do mesmo jeito que elas pensam sobre elas.
Assim, boa parte da facilidade do Humin se fixa no fato de que você pode buscar um contato por algum ‘pedaço’ de informação que você se lembre. Trabalhava em tal lugar, mora em tal cidade, estudou em tal universidade, e por aí vai. Além disso, o app permite que você adicione contatos e associe a eles o dia em que você se conheceu e o lugar onde estava. Com isso, mais um tipo de dado seria adicionado à sua agenda, e você poderia fazer buscas por “pessoas que conheci essa semana”, para ajudar quando você esquecer o nome de alguém importantíssimo e não quiser cometer nenhuma gafe.
Nos meus testes, infelizmente o Humin não foi capaz de reconhecer chamadas ou armazenar um histórico de ligações feitas pelo aplicativo tradicional, a não ser quando a chamada era iniciada a partir do próprio Humin. Isso provavelmente acontece por conta da falta de integração com operadoras brasileiras, mas relatos norte-americanos dão conta de um pleno funcionamento do aplicativo para fazer e receber ligações.
A inovação que o Humin traz, contudo, pode se tornar padrão em breve, como bem lembra Ellis Hamburger no The Verge: “Em dez anos, não vou me lembrar do Humin. Essas funcionalidades já vão ser nativas de todo telefone. Não teremos que nos preocupar em adicionar contatos ou mantê-los atualizados. Tudo será automático”, imagina ele.
Até lá, o Humin pode ser uma boa ferramenta para consolidar informações sobre as pessoas que vão te encontrar em uma reunião mais tarde, ou para saber quais contatos em comum você tem com uma determinada pessoa que já faz parte do Humin.
O aplicativo é gratuito, e por enquanto está disponível apenas para iOS.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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