A Bebê Store, um dos maiores players brasileiros do e-commerce para mães, comprou nesta quinta-feira, 24, seu principal concorrente, a Baby. “Depois que você consolida um mercado, consegue certas vantagens. A Bebê Store chegou a esse ponto e acreditamos que agora era um bom momento para comprar a concorrência”, diz Haroldo Korte, diretor de investimentos da Atomico, um dos fundos que aportou na Bebê Store.
O fundo, inclusive, participou da terceira rodada de investimentos na empresa, junto com a W7 Venture Capital, e da Catalyst, VC da Endeavor. Ao todo, os investimentos desta rodada, fechada em março, somou R$ 30 milhões para a Bebê Store.
Apesar disso, as negociações para comprar a Baby já vinham acontecendo há um ano, conforme nos disse Leonardo Simão, cofundador da Bebê Store. “Nosso objetivo foi realmente consolidar o mercado, diminuir a margem de concorrência, frete, para aumentar nossa visibilidade e levar os serviços que já prestamos aos clientes da Baby”, diz Simão.
Agora, segundo o empreendedor, a base de clientes deles sobe para 1,2 milhão de pessoas – 40% vem da Baby. A equipe também não veio junto com a compra – ela continua, focada na Dinda, outra loja on-line infantil, da Éden, que operava a Baby. Ambas as marcas continuam operando e concorrendo entre si, mesmo agora sendo dos mesmos donos.
A Bebê Store passa a oferecer agora mais de 55 mil itens em 6 lojas – Bebê Store e Baby, com produtos para bebês, Kids Store, com uma linha completa para crianças de 4 a 12 anos, Toy Store, de brinquedos, Mommy Store, que atende as mães e gestantes, e o Clube da Fralda, o primeiro e único site de assinatura de fraldas no Brasil.
Apesar de não ter ficado com os funcionários da Baby, a Bebê Store já está com 260 trabalhadores. Tanto investidores quanto empreendedores estão otimistas em relação ao crescimento da empresa e adiantaram a previsão de rentabilidade e lucro ainda para o final deste ano.
“A oferta de produtos para bebês no Brasil, mesmo no mercado offline, ainda é pouco explorada principalmente longe das capitais. O crescimento da classe C, essa falta de oferta, impulsionam o rápido crescimento do e-commerce para mães”, avalia Korte.
“A mãe hoje é uma mulher entre 20 e 30 anos que passou sua juventude conectada à internet. A mãe de amanhã daqui a alguns anos será a que passou a infância conectada à internet e, consequentemente, compra mais ainda pela internet”, completa Simão. O otimismo é realçado pela E-bit, que prevê que em 2014, os gastos do consumidor online com roupas para bebê e crianças deve superar R$ 1 bilhão – 30% acima do ano passado.
“Acredito que para um ecommerce crescer, o maior foco tem que ser no cliente, em entregar valor para o cliente retornar. Se você gastar dinheiro para aumentar a base, mas o cliente não retornar, você dificilmente chegará à rentabilidade.
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