“Fazer uma boa compilação em fita é uma arte muito sutil. Muitos “faça” e “não faça”. Antes de mais nada, você está usando a poesia de outra pessoa para expressar como você se sente. Isso é algo delicado”.
A frase acima de Rob Gordon, o dono de uma loja de discos e aficionado por música personagem do livro/filme Alta Fidelidade, de Nick Hornby. E, realmente, gravar uma fita para alguém costumava ser uma arte, que meio que acabou esquecida no tempo. Foi ao encontrar algumas caixas de fita em casa, que o designer gráfico francês Benoit Jammes resolveu dar mais uma chance para que as fitas cassetes pudessem voltar a ser arte na série [o-o].
E se antes esta arte era expressa via áudio, agora ela é visual. Todas as obras deste projeto foram feitas com peças de fitas cassete, que foram cortadas, esculpidas e pintadas de acordo com a proposta do artista.
É interessante perceber que os trabalhos – que podem ser tanto vistos no site de Benoit como no Flickr – fazem constantes alusões a personagens dos anos 1980/1990, mas também à vida x morte. Segundo o próprio artista, isso aconteceu porque ele tinha em mente o conceito de “segunda chance” na vida, o que ele acredita que conseguiu oferecer às fitas.
É um trabalho divertido, pop ao extremo, que consegue conservar a inocência daquela época. Simples assim.
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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