As mesmas técnicas de estêncil usadas por Banksy estão sendo replicadas em Teerã, capital do Irã, por um outro artista, autointitulado “Black Hand”. As mensagens de protestos políticos e sátira social aparecem em muros da cidade, e assim como acontecem com o artista britânico que inspirou o caso iraniano, desaparecem em pouco tempo, removidas pela equipe da limpeza municipal.
Mulher com camisa da seleção iraniana segura um produto de limpeza como troféu – no Irã, mulheres não podem ir ao estádio
Um homem tenta vender um rim – venda de órgãos é legal, e pessoas mais pobres oferecem partes do próprio corpo para conseguir dinheiro
Por isso, Black Hand tem escolhido locais de elevada movimentação, permitindo que o próprio público faça o registro fotográfico das intervenções artísticas antes que elas sejam apagadas. As fotos das subversões de Black Hand estão sendo reunidas em uma página não oficial do Facebook, que conta com pouco mais de 6 mil curtidas.
“Falo sobre problemas que acontecem no meu país. Nós acordamos com eles, vivemos com eles e lidamos com eles [os problemas]. Deixando a arte de lado, ser capaz de se expressar sobre essas situações já ajuda a encontrar paz”, explicou Black Hand em entrevista ao Guardian.
Além das imagens provocativas, em alguns momentos Black Hand também divulga informações altamente políticas, como esse link do YouTube, que mostra um oficial iraniano admitindo que havia manipulado votos nas eleições presidenciais de 2009.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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