Está acontecendo hoje a BlackBerry World, uma celebração de todas as coisas da RIM. Ou, mais especificamente, para uma coisa da RIM: BlackBerry 10, a última grande esperança da empresa para voltar de uma vez ao jogo. Mas ele é bom o suficiente para afastar os receios sobre o futuro da RIM? Difícil dizer. E essa talvez seja a parte mais assustadora da coisa toda.
Houve três pontos principais na apresentação do BB10 pelo CEO Throsten Heins: Câmera. Teclado. Fluxo. Todos pareceram elegantes! Mas também, familiares. Cachorros velhos com truques mais ou menos novos. É complicado dizer que eles serão o bastante para ganhar a confiança dos desenvolvedores, muito menos a das pessoas que pagam por seus celulares.
“Olhe para o nosso novo texto preditivo”, diz a RIM. E ele realmente parece suave e útil e bom na curta demonstração que tivemos nessa manhã. Mas assim também é o Swype. E o Windows Phone. E agora que a fama do teclado físico do BlackBerry é passado (e tinha que se tornar mesmo), ele se torna em última instância apenas mais um teclado virtual com letras.
Tem multitarefa também. A palavra que o time de marketing do BlackBerry definiu para ela é flow (ou fluxo). Novamente, parece muito bem feita e certamente será útil para os executivos ter isso em seus aparelhos. Mas manter todos aqueles apps rodando ao mesmo tempo requisitará especificações bem melhores do que a RIM tem apresentado em termos de hardware recentemente. Isso sem falar no impacto que sofrerá a bateria quando games e streaming de vídeos forem adicionados à fórmula.
E então, a câmera, talvez a única função realmente empolgante do BB10 até o momento. Toque em qualquer parte da tela para tirar uma foto, então role para frente e para trás no tempo para capturar aquele exato milissegundo quando ninguém estava piscando. Parece ótimo. Mas será suficiente para fazê-lo desistir do iPhone?