O 787 Dreamliner é considerado o “avião do futuro”, mas há um tempo vem enfrentando problemas. Ele oferece mais espaço para passageiros, janelas maiores, cabines silenciosas e ar mais úmido, e tem estrutura de fibra de carbono que o torna mais leve e faz consumir menos combustível. Mas ele está cada vez mais se tornando um pesadelo.
Ele já teve problemas ao decolar com pedaços da turbina caindo do avião, mas dois casos recentes foram um pouco mais graves. Primeiro, no dia 7 de janeiro desde ano, uma aeronave teve falha na bateria antes de decolar que causou um incêndio. Ontem, no Japão, uma nova falha na bateria causou outro incêndio – mas desta vez durante o voo, o que resultou em um pouso de emergência.
O piloto da aeronave japonesa também relatou ter sentido cheiro de fumaça do cockpit e, por isso, as companhias aéreas japonesas decidiram interromper os voos do Boeing 787 no país – são 17 aeronaves por lá – até que novas checagens de segurança sejam realizadas. E, seguindo a decisão japonesa, a FAA, agência de aviação norte-americana, decidiu parar com os voos do Dreamliner até ter certeza que a bateria de íon-lítio dele não causará danos a sistemas críticos e estruturais. Europa e Índia também suspenderam os voos com o Boeing 787.
Esses casos fazem o futuro do Dreamliner ser questionado. Ele um dia será seguro o suficiente para transportar milhões de pessoas pelo mundo? O The Verge lembra que o jato mais popular da história – o Boeing 737 – também enfrentou problemas no passado. Pilotos relataram ter perdido completamente o controle da aeronave antes de acidentes em 1991 e 1994, mas após checagens de segurança as falhas foram corrigidas, o que possibilitou a popularização da aeronave – em 2012, apenas um acidente fatal foi registrado em mais de 2,5 milhões de viagens, o que fez o ano passado ser considerado o mais seguro da história para a aviação. Será que o mesmo vai acontecer com o 787, ou ele vai continuar sendo mais um pesadelo do que um sonho? [The Verge]