Todo ano a Open Knowledge publica um relatório com os resultados atualizados da abertura de dados governamentais de 97 “lugares” – a maioria países, mais alguns ainda não considerados independentes na época em que os dados foram submetidos. É um bom termômetro para saber como anda esse assunto que, embora não figure nas manchetes dos jornais, é bem importante para a transparência e eficiência dos governos.
O desenvolvimento do chamado Índice Global de Dados Abertos é feito por uma rede de especialistas e colaboradores. Eles avaliam a disponibilidade e acessibilidade dos bancos de dados e, depois de concluírem os relatórios, esses são revisados por pares e passam por um último escrutínio, dessa vez por especialistas locais. Disso sai um ranking dos 97 lugares, com direito a páginas interativas bem fáceis de mexer que indicam, sem dificuldades, quais tipos de bancos de dados estão disponíveis em cada país e como podemos acessá-los.
As áreas analisadas são as seguintes: horários dos meios de transporte, orçamento governamental, gastos governamentais, resultados eleitorais, registros de empresas, mapas nacionais, estatísticas nacionais, legislação, códigos postais e emissão de poluentes. Nesta página a Open Knowledge as explica melhor, com links diretos para os países que marcam 100% em cada uma delas.
Um banco de dados exemplar para os padrões do estudo é aquele que traz informações facilmente compreensíveis e que possam ser utilizadas, reutilizadas e compartilhadas por qualquer pessoa, em qualquer lugar e para qualquer fim de forma livre.
Em 2014, o ranking é liderado pelo Reino Unido, que alcançou pontuação de 96% (e é, junto à Grécia, o único que disponibiliza com transparência os gastos do governo). Em segundo e terceiro lugares aparecem Dinamarca e França. Embora a nota do Brasil tenha melhorado em relação ao ano passado (saímos de 48% para 54%), nossa posição no ranking piorou – caímos de 24º em 2013 para 26º neste, o que nos deixou atrás de vizinhos sul americanos como Colômbia, Uruguai (ambos em 12º lugar) e Chile (19º). O único critério em que tiramos nota máxima foi o do orçamento governamental. No resto, precisamos melhorar!