Se você já reparou naquela mancha branca na superfície do seu café (não creme, nem chantili, nada disso, mas uma camada meio fantasmagórica bem acima do líquido), você não está sozinho. Se você nunca reparou nisso, este artigo explica (PDF). A novidade é que uns cientistas japoneses começaram a tentar entender esse fenômeno que, embora não aparente ser um caso de vida ou morte, é bem curioso.
Aliás, é um fenômeno que desafia a ciência há muito tempo. Observada pela primeira vez nos anos 1920, esse tipo de mancha também aparece em chás e água fervendo – é que o café, pela sua coloração, a deixa mais evidente. O que se teorizava (de certa forma, com algum sentido) ser uma “nuvem” de gotículas de água, carecia até o momento de uma explicação exata.
Não mais! Felizmente uma equipe da Universidade de Quioto, no Japão, está encarando esse assunto com toda a seriedade do mundo ao conduzir os primeiros estudos científicos a respeito. Para entender a tal mancha, eles colocaram uma câmera abaixo da superfície de uma xícara de água quente apontada para cima, em direção à superfície, para ver o que acontece quando a coisa esquenta — literalmente. O que acontece é que uma série de pequenas gotas d’água (cada uma com um raio aproximado de 10 micrômetros) sobe a uma altura entre 10 e 100 micrômetros. No alto, elas formam uma rede triangular e criam a mancha que você provavelmente já viu.