Quando você caminha ao redor de um espaço, certas células do seu cérebro silenciosamente mapeiam os arredores para facilitar a sua navegação. É como um GPS. E sabemos isso graças a três cientistas que acabaram de ganhar o Prêmio Nobel de Medicina.
Os pesquisadores noruegueses Edvard Moser e May-Britt Moser, que são casados, vão compartilhar o prêmio com o cientista britânico americano John O’Keefe, que foi pioneiro na pesquisa há 40 anos. O’Keefe foi o primeiro a identificar as chamadas “células de local”, células nervosas específicas no hipocampo que acendem quando seus ratos de laboratório chegavam a lugares específicos. Ele corretamente acreditava que essas células ajudariam a formar um componente crítico de um sistema interno de navegação nos camundongos. Sua pesquisa, porém, não foi reconhecida como significativa na época.
E então, em 2005, os Mosers descobriram um segundo tipo de célula nervosa. As chamadas “células grid” permitiam que os camundongos coordenassem a posição entre si, assim como latitude e longitude permitem navegação GPS precisa. Eles descobriram que essas células nos ratos eram ativadas em locais específicos e formavam um padrão ou grade quando vistas de cima. Isso deu a eles novas ideias do sistema interno de navegação do cérebro. A descoberta agora está sendo usada para compreender melhor a Doença de Alzheimer, que tem entre seus sintomas desorientação e perda de razão espacial.
Os três cientistas se encontrarão em Estocolmo no dia 10 de dezembro para receber o prêmio, e dividirão a bolada de US$ 1.1 milhão. [Nobel]
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