Durante o ano que passou, muitas pessoas de faro aguçado identificaram carências no mercado e desenvolveram uma ideia de negócio para suprir essa necessidade. Algumas certamente já tomaram fôlego e se preparam para estrear no mundo do empreendedorismo em 2012.
Mas, antes, vem o frio na espinha: será que vai dar certo? “Uma startup não é uma pequena empresa, e sim uma organização temporária com a missão de achar um modelo de negócios que permita ganhar escala”, afirma o empresário Ryan Healy, cofundador da consultoria Brazen (EUA), citando Steve Blank, autor do livro “The Lean Startup”.
A saída para não se desesperar, diz Healy, é descobrir quais são as questões mais importantes para resolver e colocar a mão na massa, sem medo de errar.
Ele considera essa fase bastante arriscada, na qual o empreendedor se depara com milhares de perguntas e poucas respostas. Especialmente porque a startup não pode ser administrada da mesma maneira que uma grande empresa – é preciso partir de um modelo novo.
Para isso ele adotou, na fase inicial de seu negócio, a cultura de aprendizado e descoberta. Ela se baseia em três pontos, que Healy mostrou em um artigo para o site do YEC http://theyec.org/ neste mês. Confira, abaixo, quais são eles.
1. Reuniões de aprendizado
Healy decidiu mudar o formato das reuniões de sua equipe. Em vez de resultados e problemas, ele resumiu a pauta a três perguntas: 1) o que você aprendeu na semana passada?; 2) o que você está testando nesta semana?; e 3) o que você precisa testar e não consegue entregar nesta semana?.
2. Lista de perguntas sem respostas
Quando alguma questão – grande ou pequena – vem à mente de Healy, ele para e a anota em uma lista-mãe. Mais tarde, organiza o rol de perguntas, mesmo que seja uma vez a cada 15 dias. “O ato de escrever já ajuda”, diz.
3. Lista de respostas
Por outro lado, quando algum item da lista de perguntas é submetido a teste, o resultado também é anotado, mas na lista-mãe de respostas. Isso vale também para o que não deu certo – para evitar perda de tempo tentando trilhar um caminho.
Por fim, Healy ressalta que, para tudo isso funcionar, é preciso ter uma política de total transparência entre todos os membros da equipe. “Acredito que achamos o modelo certo. Continuamos testando as ideias, mas agora nossas reuniões são mais focadas em resultados e objetivos. Ainda conversamos sobre aprendizado, mas, quando chega a hora de ganhar escala, é preciso seguir em frente”, afirma.