Agora que chegamos bem perto de um cometa, podemos começar a responder algumas questões científicas fundamentais. Como, por exemplo, qual é o cheiro de uma coisa dessas?
Desde agosto, dois enormes espectrômetros da sonda espacial Rosetta estão cheirando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Explicando cientificamente, isso significa que eles estão detectando as moléculas mais voláteis liberadas via sublimação. Mas isso funciona mais ou menos da mesma forma como cheiramos as coisas. Eis o que a Rosetta já detectou:
- Água (H2O)
- Monóxido de carbono (CO)
- Dióxido de carbono (CO2)
- Amônia (NH3)
- Metano (CH4)
- Metanol CH3OH)
- Formaldeído (CH2O)
- Sulfureto de hidrogênio (H2S)
- Cianeto de hidrogênio (HCN)
- Dióxido de enxofre (SO2)
- Dissulfeto de carbono (CS2)
O que isso significa, na prática? De acordo com a Agência Espacial Europeia, “se você pudesse cheirar o cometa, provavelmente pensaria que é melhor não fazer isso.” Se isso não satisfaz sua curiosidade, Kathrin Altwegg, uma das cientistas do projeto, explica:
O perfume do 67P/C-G é bem forte, com o odor de ovos podres (sulfureto de hidrogênio), estábulo de cavalo (amônia) e o cheiro sufocante do formaldeído. Isso é misturado ao aroma amargo do cianeto de hidrogênio. Adicione um pouco de álcool (metanol) à mistura, emparelhado com o aroma de vinagre do dióxido de enxofre e uma pitada de aroma doce de sulfureto de carbono, e chega-se ao perfume do cometa.
Talvez a Rosetta devesse ter levado alguns purificadores de ar junto com ela. [ESA]
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