“Vocês sabem o que é meme? Sabe quando algum personagem na novela fala algum bordão e as pessoas nas ruas começam a fazer igual? Meme é a mesma coisa, só que na internet.”
Essa definição foi dita por Latino-festa-no-apê durante o final de semana, enquanto ele substituía a apresentadora Eliana (que está de licença maternidade). Programa que, inclusive, ficou mais de um bloco inteiro mostrando vídeos que fazem sucesso na internet. Prática que vem se tornando cada vez mais comum, como a gente já sabe.
Enfim, vamos ao fato: a explicação é clara. Cumpre perfeitamente o papel de falar sobre memes para o público do principal programa de domingo do SBT. Ou, se preferirem, para o mainstream.
Mas esse caso isolado pode ser mais representativo do que parece a princípio. A partir do momento em que algo se torna popular, ele passa também a ser comercializado. Ou seja, estamos prestes a inaugurar uma nova fase na relação agência x cliente x mídias sociais. Assim como hoje recebemos briefings com pedidos de “criar um viralzinho”, muito em breve chegarão os pedidos de “criar um memezinho”.
E aí chegamos à pergunta do título do post: como nascem os memes?
A dúvida é justamente essa, a lógica da coisa toda. Para criar uma fórmula e sermos capazes de fabricar memes sob demanda, como estabelecemos um padrão? O que faz as pessoas simpatizarem com algo que acontece sem grandes pretensões (ou até mesmo por acidente) e terem vontade de copiar?
O que tem em comum entre a menina de amarelo que fugia sei lá de quê, a garotinha entediada no casamento real, a Scarlett Johansson descobrindo que é linda, o “dia de rock, bebê” da Chistiane Torloni, as meme faces, o forever alone, o “é nóis que voa, bruxão”, o sad Keanu Reeves, o happy DiCaprio e os olhos do Steve Buscemi? Se alguém souber a resposta, conta pra gente.
Na semana passada, nós do B9 participamos do Social Media Week e conversamos um pouco sobre o que é #fail em campanhas. Entre outras coisas, comentamos sobre adotar práticas de mídia convencional (com formatos bem definidos e bem cobrados) para trabalhar nas chamadas mídias sociais. Eu queria saber justamente o oposto: como trazer um #win que nasce nas mídias sociais para formatos padronizados e comercializados.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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