Sebrae e Senai firmam acordo para que pequenos negócios incorporem a criatividade no processo produtivo
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Sebrae assinaram nesta terça-feira (27) um convênio voltado para o setor têxtil. O objetivo é que as micro e pequenas empresas, além dos microempreendedores individuais (MEI), incorporem criatividade na elaboração de seus produtos, tornando-os mais competitivos. O convênio no valor de R$ 32 milhões, divididos entre as duas instituições, terá atividades até dezembro de 2017.
“A ideia é capacitar as empresas utilizando a capilaridade do Sebrae e a competência técnica do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Cetiqt) para atender à indústria têxtil de todo o Brasil”, afirmou o diretor do Senai, Rafael Lucchesi. É o Cetiqt, unidade criada pelo Senai no Rio de Janeiro, em 1949, que ficará responsável pela execução das atividades. Para ele, essa será uma das saídas para a indústria nacional enfrentar a concorrência dos países asiáticos, principalmente a China.
Nos próximos quatro anos e meio, está prevista a realização de 243 cursos, de 1,7 mil palestras e nove missões técnicas. No total, devem ser beneficiadas mais de 120 mil pessoas dos segmentos têxtil e confecção, couro e calçados e gemas e joias. Além disso, haverá ações para apoiar diretamente o desenvolvimento de produtos, como a realização de pesquisas de referência e o desenvolvimento dekits modelagem.
Conforme explica Flavio Sabra, gestor do Cetiqt, esse kit trará moldes de peças para confecção de roupas. “Associado isso à valorização do fazer local, os empreendedores podem elaborar produtos adequados a seu público”, comentou. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que assinou o convênio junto com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, lembrou que as dificuldades pelas quais o setor passa não são recentes. “De toda forma, há um consenso. Se houver solução, ela passa necessariamente pela moda. A criatividade, a qualidade dos produtos e o aproveitamento de recursos podem fazer a indústria têxtil ressurgir”, disse. Barretto destacou o setor como importante empregador em diversas regiões do país e o potencial que o convênio tem para propiciar inovação e integrar os elos da cadeia de produção.
Na primeira semana de setembro, equipes técnicas no Senai Cetiqt e do Sebrae se reúnem no Rio de Janeiro para detalhar as ações, definir prazos e o passo a passo do convênio. A previsão é que ainda este semestre comecem atividades como palestras e cursos.