Fiat Mio é desenvolvido com base na sugestão de clientes de mais de 160 países
A montadora Fiat acaba de lançar o veículo Mio Fiat, criado a partir de 10 mil sugestões de pessoas em mais de 160 países. O carro tem um design e o processo de produção inovador! Para coletar as ideias dos clientes, a empresa criou um espaço no seu website onde as pessoas registravam suas sugestões. O endereço eletrônico foi divulgado por meio de uma campanha de marketing viral.
Todo o processo de produção do Fiat Mio foi divulgado na internet, assim os clientes poderiam comentar e influenciar na decisão final dos designers e engenheiros da mondadora que trabalhavam no projeto. Isso quer dizer que o processo de produção fugiu à regra: ao invés de ser um projeto escondido e secreto, conceito comum entre os fabricantes, que escondem os projetos de novos produtos, o Fiat Mio teve sua produção totalmente transparente e aberta.
O Fiat Mio também mostra como o negócio pode criar novos produtos e serviços por meio de crowdsourcing. Em vez de apenas depender das ideias e habilidades da equipe, com o crowdsourcing, as empresas (especialmente startups) podem ter acesso gratuitamente a ideias inovadoras, e com isso contornar as restrições de recursos com melhores sugestões.
O que é crowdsourcing?
Para o professor Jeff Howe, da Northwestern University, crowdsourcing é “o ato de terceirizar um trabalho tradicionalmente desempenhado por um agente (geralmente um empregado) e para um grupo grande de pessoas, geralmente indefinido, na forma de um convite aberto.”
Carl Esposti, do site Crowdsourcing.org, dividiu o termo cinco categorias:
– Crowdfunding: sites que permitem a um indivíduo ou empresa receber financiamento, como o Kickstarter.
– Conhecimento distribuído: permite que uma variedade de fontes agreguem dados e informações a um projeto.
– Nuvem de trabalho: grupo de trabalho virtual que se decida a um projeto comum.
– Criatividade coletiva: comunidade criativa a fim de desenvolver arte e/ou conteúdo.
– Inovação aberta: O uso de recursos externos para gerar novas ideias e processos da empresa.
Antes de começar a aplicar crowdsourcing na sua empresa e no desenvolvimento de produtos, qual das categorias acima atende melhor aos seus propósitos.
Com a inovação aberta, por exemplo, as organizações podem aproveitar a sabedoria da multidão para inovar dentro uma empresa, ou seja, usar o conhecimento de outras pessoas para acelerar a inovação interna e expandir os mercados.
Nesta onda de crowdsourcing, a Nokia lançou no início deste ano o projeto “Inventar com a Nokia”, que convida candidatos a inventores a apresentar ideias para invenções de novas tecnologias. Se Nokia gosta da ideia, faz um protótipo e paga o inventor.
Crowdsourcing design
Como a criação e produção de um novo produto é algo caro, as empresas podem usar e abusar do crowdsourcing design, que pode funcionar como meio eficaz para entender as preferências do cliente, antes de investir no desenvolvimento do produto.
Threadless, uma camiseteria com sede em Chicago (USA), é talvez um dos negócios mais conhecidos no uso do crowdsourcing. A cada semana, a empresa aceita milhares de desenhos de artistas amadores, e permite que sua clientela decida quais camisas devem ser feitas.
StyleFactory , de Nova York , aceita projetos de jovens designers para cadeiras, tampos de mesa, a relógios etc. Os usuários do site votam nos produto, e uma vez que o produto atinge número mínimo de “Curtir” estabelecido pela empresa, o produto entra em produção.
Para que seu cliente ou outras pessoas colaborem com o seu negócio, não significa necessariamente que terá que construir no seu site uma plataforma para crowdsourcing design. Você pode fazer concursos ou competições para incentivar a participação e colaboração das pessoas no seu projeto. Por exemplo, se sua empresa está à procura de um novo logotipo, você pedir a opinião das pessoas no seu site e nas redes sociais ou numa.
Com informações da Inc Magazine.