Hoje começo minha coluna aqui com grande prazer e venho com um tema, o qual acredito muito. Você por acaso já começou a se desconstruir?
Vim do mercado corporativo publicitário, grandes agências, veículos de comunicação, aquela rotina que alguns de vocês devem encontrar semelhanças. Horário para entrar nas atividades, nem sempre horário para sair, metas de curtíssimo prazo, relações pouco saudáveis tanto para cima da pirâmide, quanto para baixo e para o lado. Uma grande pirâmide de cartas, que tanto parece forte para quem está por fora e tão frágil para aqueles que estão dentro. Mas, calma, não vim aqui para me queixar, muito menos para lhe desanimar logo na minha primeira coluna.
Venho aqui causar algumas reflexões, fechem os olhos por segundos e voltem a Era Industrial, que se deu no início em 1760. A partir daí conseguimos recordar que a grande população atuava em linhas de produção, que nossa capacidade de otimizar custos e ganhar eficiência em processos foi se desenvolvendo, décadas a décadas, e ficamos, eu diria, extremamente competentes nisso. O tempo foi passando, entramos na Era do Conhecimento, onde o destaque era percebido pelo quanto sabíamos e pela abrangência do nosso repertório para depois entramos na Era Social, aquela que é movida pelo padrão e velocidade da interação, numa era também que os mais jovens não se sentem entusiasmados em chegar a presidência de uma cia e assim se inicia todo um processo desruptivo e de desconstrução de tudo que aprendemos, me coloco no meio disso pois hoje estou com 34 anos, e me considero altamente impactado pela geração babyboomers, dos meus pais. De repente a jornada se torna mais importante do que os resultados finais, os porquês que tínhamos aos 4 anos de idade, voltam em uma geração que o perpetua e muitos de nós ficamos sem respostas e até irritados de certa forma, digo por mim, até um tempo atrás.
Ah hoje ,os compreendo, não consigo pensar em uma vida em que trabalho e diversão sejam coisas diferentes, hoje tenho horários de encontros e reuniões, pois se também não existisse ficaria difícil de nos encontrarmos mas com horários mais flexíveis, últimos três fins de semana trabalhando e uma ida no parte numa quarta-feira a tarde no meio de um transito caótico, pessoas buzinando e uma tranquilidade ímpar no verde do parque. Confesso que na primeira vez me senti até culpado de estar fazendo aquilo, mas aos poucos fui me conectando e comecei a questionar as questões. Porquê eu deveria realizar tudo nos horários que me disseram, será que pode ser diferente? Será que posso desconstruir padrões para construir algo que sinta que faz sentido para mim?
E tenho vivido meus últimos tempos com a bandeira de um propósito estendida ao vento, conhecido pessoas fantásticas, construído projetos de impacto sempre conectado a este propósito que me guia e posso dizer que tem sido uma incrível jornada. Desafios? Constantes. Problemas? Inúmeros, mas quando aparece, resolvemos. O poder do agora é impressionante. Estudei Ciência das Redes com pessoas fantásticas e hoje entendo que o campo das possibilidades é algo que funciona e nos impacto a todo momento, mas para tal temos que fazer, são as ações impactam o campo e assim temos a percepção de valor percebida.
E com base nisso pergunto porque estamos dentro de um escritório, entrando e saindo todos ao mesmo horário, se trabalhamos com capital intelectual? Ouço que se as pessoas não tivessem horário para entra e sair do escritório ninguém iria se comprometer e trabalhar realmente. Aí pergunto, e elas estão realmente fazendo isso? Ou será que estão vendendo 70% do seu tempo e pensando nos 30% que lhe restaram e questionando porque tão pouco. E se pudéssemos viver os 100% por algo que realmente acreditamos e ainda sendo remunerados por isso?
Termino aqui esta primeira reflexão com a mensagem do meu negócio que se tornou um propósito para mim: Empodere-se! Da sua vida, dos seus talentos, construas futuros desejáveis, afinal você é único. Construa algo que venha de dentro, da sua essência, algo que realmente lhe mova. Resolva problemas reais que te motivam e assim o empreendedorismo ou o intra-empreendedorismo emergirá de maneira fantástica e de repente a luz estará em cima de você e o reconhecimento por esta virtude é simplesmente uma conseqüência natural da vida.
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