A maioria dos aplicativos usa um “modus operandi” meio previsível para chegar ao mercado. Primeiro, lançam para iOS, depois para Android e, se os desenvolvedores quiserem, chega a versão do Windows. Eduardo Costa e André Piegas, da Craftbox, decidiram nadar contra a maré e lançar inicialmente seus aplicativos no Windows.
“Quando começamos a trabalhar na empresa, surgiu o Windows 8, com o modelo de aplicativos e vimos nele uma oportunidade e um mercado novo para divulgar a empresa”, contou Eduardo, em um bate-papo pelo Skype. Eduardo conta que a companhia já tem quatro apps no mercado: o Showtime, o Photo Inspiration, o Color Inspiration e o Four Offers.
Por enquanto, o Shotwtime é o carro-chefe. “A ideia do aplicativo é mostrar os horários de cinema e começamos a desenvolver uma coisa simples mesmo”, conta o cofundador. Quando os dois foram ver, o app já tinha 120 mil usuários e a foi tomada a decisão de leva-lo ao iOS e ao Android.
O Foto Inspiration é o segundo maior produto deles, também com mais de 120 mil usuários, diz Eduardo. “São 300 mil fotos categorizadas, que podem ser salvas como fundo de tela”, conta. O Color Inspiration agrega dados de uma rede social de cores para designers e o FourOffers agrega ofertas divulgadas por empresas no Foursquare.
Agora, a Craftbox foca seus esforços na fidelização de seus usuários. “A gente sabe que, daqui a pouco, alguém pode lagar um app parecido e fazer com que nossos usuários migrem”, conta o desenvolvedor. Para evitar isso, eles buscam adicionar camadas mais sociais ao produto.
Eles também pensam em maneiras de monetizar os programas criados, que já divulgam a marca da companhia desenvolvedora. “Como o Showtime, por exemplo, é mundial, a gente pode fazer anúncios dos filmes que estão sendo lançados. Dentro do programa, cada cinema tem sua página e também podemos usar isso para monetizar”, conta Eduardo.
As duas ideias dos “carros-chefes” da companhia são super simples, mas fizeram sucesso porque o mercado do Windows 8 e do Windows Phone ainda é muito carente. Comprei um Windows Phone há cerca de um mês e, como ex-usuária de iPhone, sinto falta das opções. O que posso dizer é: os usuários de Windows Phone estão sedentos por mais aplicativos, tanto os simples quanto os mais elaborados.
Além de entrar para um mercado que estava com sede, a Craftbox traduziu os aplicativos para 7 línguas e Eduardo conta que eles conseguiram um “mercadinho bem interessante” de usuários em outros países.