Estes dias andei me deparando com uma série de ações na internet. Confesso que fiquei um pouco preocupado com o teor das coisas que andei vendo. Na ordem cronológica, a primeira que apareceu foi a o “Stress Test” da Nivea.
Funciona mais ou menos assim. Voce está ali, tranquilo num aeroporto, esperando seu vôo quando de repente você descobre que está sendo procurado pela polícia. Jornais estampam seu rosto. O sistema de som dá a sua descrição. A TV fala que você é um tipo perigoso e que ninguém deve se aproximar. Você se pergunta: o que foi que eu fiz? Por que tudo isso astá acontecendo comigo? A resposta vem numa maleta nas mãos do segurança:
“Estressada? Novo desodorante Nivea Anti -Stress”
Videocase aceita tudo. Felizmente, para aquele fiapo de mim que ainda acredita na humanidade, vi muitos comentários negativos para a tal ação. Ufa. Então veio a seguinte. “The Candidate” da Heineken.
De forma resumida, o que acontece é o seguimte: primeiro você anda pelo escritório inteiro de mãos dadas com um desconhecido. Depois seu entrevistador finge ter um enfarte na sua frente. No meio do seu pânico ele levanta a cabeça e pergunta “se estivessemos falando de dinheiro, quanto você ia querer ganhar?”
Será que vale tudo para chamar a atenção?
Só faltava o cara ser o Ivo Holanda. Pra terminar, os caras simulam um incêndio, evacuam o escritório e você tem que ajudar os bombeiros a segurar um cara que pula do prédio. No videocase ficou bacana. Quase todo mundo elogiou.
A Heineken é mesmo foda. Mas… e se você fosse o mané da entrevista? Não o que ganhou o emprego, mas qualquer um dos outros manés? Talvez seja coisa minha. Excesso de ranzinzice, sei lá. Mas fico imaginando, será que vale tudo mesmo para chamar a atenção? Existe algum tipo de limite?
Pra terminar, vi esta ação acima do Weather Channel para vender um aplicativo que fala a hora exata que vai começar e parar de chover.
Sensacional. Eu baixaria fácil. Agora, como vamos mostrar isso? Simples. Instalando uma máquina de chuva no ponto de ônibus e dando um banho nos desavisados que estão ali, distraidos esperando sua condução.
Sei não. Por esta pequena amostragem, parece que o mundo está virando uma grande pegadinha do Mallandro. E não, isso não é nada engraçado.
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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