A internet chega até nós via milhares de quilômetros de cabeamento físico, e boa parte dele tem que se estender sob o mar, a fim de tornar a rede verdadeiramente internacional. É isso que há dentro deles.
Quando os cabos submarinos não estão sendo espionados pelos EUA ou cortados por criminosos, eles têm que lidar com algumas condições bem adversas. A água salgada de alta pressão não faz bem a nenhum link de comunicação – e nem deslocamentos geológicos e outras atividades abaixo do mar.
Por isso, a fibra óptica que permite assistir a vídeos de gato armazenados no outro lado do mundo é fortemente reforçada, para garantir que falhas de internet sejam uma exceção, e não a regra.
A fibra óptica é envolta em vaselina, e fica dentro de finos tubos de cobre ou alumínio. Eles são cobertos por policarbonato, e então por uma barreira de alumínio, que impede a entrada de água. Ao redor dela, ficam os grossos cabos de aço que você vê na imagem acima; por sua vez, eles são envoltos por um filme poliéster boPET. Tudo é então coberto por uma camada externa de polietileno.
1 – polietileno; 2 – filme boPET; 3 – cabos de aço; 4 – alumínio; 5 – policarbonato; 6 – tubo de cobre ou alumínio; 7 – vaselina; 8 – fibras ópticas
Ou seja, passando dentro do aço, polímero e cobre, algumas fibras de vidro preciosas levam os dados de um continente para outro – veja aqui o mapa dos cabos submarinos. Em geral, os cabos têm 69 mm de diâmetro, e cada metro pesa 10 kg.
Toda essa proteção pode parecer exagero, mas realmente vale a pena: quando um cabo submarino foi danificado em Mianmar no início deste ano, a velocidade de acesso à internet no país caiu instantaneamente.
Imagens: Fop News via Reddit; Wikipédia