No mês passado, a rede social Ello atraiu milhares de usuários em sua fase beta e chamou a atenção de muita gente. Ela quer se tornar o anti-Facebook por não ter anúncios, nem vender seus dados para outras empresas. Isso poderia ser apenas uma promessa vazia… mas não é.
>>> Ello, uma rede social sem anúncios que quer ser o anti-Facebook
O Ello se tornou uma “corporação de utilidade pública”, um novo tipo de empresa nos EUA que visa ao lucro, mas com regras estritas para tanto. Isso significa que:
- o Ello nunca poderá ganhar dinheiro com a venda de anúncios;
- o Ello nunca poderá ganhar dinheiro com a venda de dados do usuário; e
- caso o Ello seja vendido, os novos proprietários terão que cumprir esses mesmos termos.
Ou seja, o Ello é legalmente proibido de ter propaganda, mesmo se for vendido para outra empresa. Nunca vimos isto antes: muitas outras redes sociais – Facebook, Twitter, Tumblr – se opunham publicamente a ganhar dinheiro com propagandas; hoje, esta é a principal fonte de receita delas.
O Ello anunciou isso no mesmo dia em que recebeu US$ 5,5 milhões de três investidores. Isso não é uma doação, esse valor precisa retornar – com lucro, de preferência – em algum momento do futuro. Mas como é que o Ello vai ganhar dinheiro? Assim:
A empresa vai gerar receita com a venda de recursos personalizados e outros serviços a pequenos preços, através de uma loja on-line inspirada na App Store da Apple. O Ello tem atualmente milhares de membros da comunidade pedindo por recursos pagos específicos.
Ou seja, os usuários vão pagar a conta. Pelo menos, é isso que eles esperam: nada garante que esta rede simplesmente deixe de crescer ou simplesmente acabe.
Para criar um perfil no Ello, é preciso ter um convite – assim como nos saudosos tempos do Orkut. A rede social diz que “está recebendo 45.000 pedidos de convite por hora”. [Ello via TechCrunch]
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