Não chega a ser exatamente uma surpresa que os preços da Black Friday brasileira nem sempre têm os descontos divulgados. Agora temos uma pesquisa que prova isso.
A Íconna, uma empresa que capta preços de produtos idênticos na internet, a Felisoni Associados e o Programa de Administração de Varejo (Provar) registraram a inflação dos produtos nos dias anteriores ao dia 23 de novembro. E eles subiram 8,5% entre os dias 12 e 22 de novembro – no dia 23 o reajuste foi de 0,26%.
Isso significa que em vez de subirem o preço no dia da Black Friday para oferecer descontos que não existiam, as lojas brasileiras usaram o truque nos dias anteriores. Os preços ficaram mais altos.
O estudo também descobriu que 47,5% dos produtos não tiveram nenhum tipo de alteração na Black Friday em relação ao preço normal, e, nos que tiveram alguma redução, ela foi de 6%, em média. A Black Friday nos Estados Unidos costuma ter cortes entre 40% e 50% no preço dos produtos.
Os preços maquiados da Black Friday são alvo de órgãos de consumidores já tem um tempo. No dia 23 de novembro mesmo o Procon-SP notificou 7 empresas que mudaram os valores dos produtos para oferecer descontos que não existiam.
E nem precisa fazer parte de um órgão para saber disso – nossos amigos do Kotaku juntaram exemplos bizarros do dia 23 de dezembro. A Black Friday brasileira parece que veio para ficar. Mas ainda precisa evoluir muito em respeito ao consumidor para começar a ser algo realmente vantajoso para todos os lados. [Estadão]