A impressão hidrográfica parece um truque de mágica: você mergulha um objeto na água, e ele sai totalmente pintado. É uma técnica impressionante por si só, mas pesquisadores da Universidade de Zheijiang (China) a deixaram ainda melhor.
Na impressão hidrográfica (ou pintura por transferência de água), você injeta as cores em uma película fina e transparente. Esse filme é colocado na superfície de um tanque d’água, que recebe alguns produtos químicos para torná-lo macio e pegajoso.
Então, você mergulha seu objeto no tanque: o filme gruda nele, e sua superfície ganha as cores e padrões que você injetou antes. Olha só:
Após serem mergulhadas em um tanque, peças como rodas, capas de retrovisores e capacetes saem com desenhos e texturas complexas. Você chega ao aspecto desejado em poucos minutos.
Mas essa técnica tem um problema: como explica a Wired, o filme se estende quando você mergulha o objeto no tanque, por isso a impressão hidrográfica não funciona tão bem para trabalhos que exigem precisão.
O que fazer? Usar o novo processo chamado “impressão hidrográfica computacional”. Ele requer um filme PVA, motores lineares e um sistema de visão 3D (o Xbox Kinect) para “simular a distorção do filme colorido durante a imersão hidrográfica”.
Basicamente, isso simula a forma que o filme é esticado quando você mergulha um objeto no tanque. Assim, na hora de preparar o trabalho de pintura, é possível levar em conta essa distorção.
Funciona assim: primeiro, os pesquisadores criaram uma plataforma para manter uniforme o processo de mergulhar objetos. Depois, eles desenvolveram um software que simula como um objeto distorce a superfície do filme PVA ao ser mergulhado. Assim, eles criam um padrão de cor que leva em conta a distorção causada pelo objeto.
É ver para crer: no vídeo, o tanque parece ter uma mancha preta estranha. Depois que o objeto é mergulhado, você descobre que aquilo na verdade era o rosto de um tigre.