As promessas de cartões que deixarão sua carteira mais magra – reunindo seus cartões de débito, crédito, fidelidade e outros em um só – não deram muito certo. Primeiro, foi o Geode; depois, o Coin; e agora, temos o Plastc. Será que agora vai?
O Plastc quer ser um supercartão: com 0,8 mm de espessura, ele armazena até 20 cartões em um só. Para inserir dados, você usa um leitor de cartão conectado ao seu smartphone.
Para alternar entre os cartões, você usa uma touchscreen e-ink no Plastc. Feita a transação, você recebe uma notificação no celular – basta emparelhar o cartão usando Bluetooth.
Mas ele não serve apenas para pagamentos: o Plastc inclui NFC e RFID para servir como crachá de escritório, por exemplo. A bateria dura até 30 dias, e pode ser recarregada sem fios.
E se você perder o cartão? Bem, ele é protegido com um código PIN, então ninguém conseguirá usá-lo sem desbloquear. E para evitar que você perca o cartão, ele envia uma notificação caso o celular se distancie dele. Se você ficar longe por um determinado período de tempo, ele apaga todas as informações e exibe um número de telefone para entrar em contato com você e facilitar a devolução.
Um dos problemas do Geode e Coin era não ter chip. Nos EUA, cartões com chip só serão adotados em massa no ano que vem. O Plastc, no entanto, possui o recurso e receberá “uma atualização de firmware OTA em 2015 para ativar pagamentos com chip e PIN e contactless”.
Tudo isso parece ótimo! É quase bom demais para ser verdade: é muita tecnologia para espremer em um dispositivo do tamanho de um cartão. Mas será que ele vira realidade? O Plastc está previsto para ser lançado em meados de 2015, e já está disponível em pré-venda por US$ 155.
Coin e Geode
Há muitos motivos para ser cético, no entanto. Lembra-se do Coin, que prometia colocar todos os seus cartões de crédito em um só pedaço de plástico? Bem, ele deveria ter sido lançado este ano, mas ficou para 2015.
Quem pagou US$ 50 ou US$ 100 na pré-venda vai receber uma versão beta; a versão final será enviada no ano que vem. E o protótipo é bem menos elegante do que vimos no vídeo oficial:
O Coin ainda tem outras desvantagens. Ele não tem chip (prometido apenas para “gerações futuras do dispositivo”), e as empresas devem parar de aceitar cartões só com tarja magnética, devido a grandes vazamentos de números de cartão nos EUA. Além disso, quando a bateria acabar, você precisa substituir seu Coin.
E tivemos também o Geode, um case para iPhone que gravava no GeoCard as informações dos seus cartões de crédito, débito e gift cards. A empresa iCache recebeu US$ 350.000 através do Kickstarter para tornar este produto uma realidade. Os clientes receberam o Geode, mas ele não era muito durável. A empresa sumiu do mapa, e seu site está fora do ar há algum tempo.
Todos esses produtos são de empresas startup sem muita experiência ou histórico. A Plastc – com base em Palo Alto, Califórnia (EUA) – foi fundada em 2012, assim como a Coin. Ou seja, há alguns motivos para não apostar US$ 155 (quase R$ 400!) em um cartão desses. Talvez seja melhor só usar nossos smartphones para fazer pagamentos? [Plastc]
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