Numa época em que a internet ainda era para poucos, o vírus Michelangelo se espalhou pelo mundo inteiro. Como ele conseguiu? De disquete em disquete, meu caro. E esta nostálgica reportagem do Jornal da Cultura explica como ele funciona.
O vídeo diz que a reportagem é de 1990, mas o Michelangelo foi descoberto pela primeira vez somente em abril de 1991. O Michelangelo infectava disquetes assim que eles eram inseridos no computador, para depois se transmitir em outros PCs. Ele foi chamado de Michelangelo por agir apenas no dia 6 de março: é quando ele estragava o setor de boot de máquinas com DOS infectadas. Desta forma, ele passava despercebido: levaria meses até alguém ser afetado pelo vírus.
Como escapar do Michelangelo, então? A reportagem foi feita quando já havia um “imunizador”, para evitar que o vírus infectasse o computador. Caso o vírus já estivesse no PC, o usuário precisava adquirir a “vacina” para “matar o Michelangelo”. A reportagem também diz que o vírus destrói todos os dados do computador: na verdade os arquivos permaneciam intactos – só a MBR era prejudicada – mas na época era muito difícil recuperar arquivos de um HD. Bons tempos em que vírus eram tão incomuns que mal sabíamos deles!
E a forma mais legal de evitar o Michelangelo: não ligar seu computador dia 6 de março, ou alterar a data de forma a pular o dia 06/03. Bons tempos em que podíamos escapar de vírus assim! [YouTube via Info]