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EUA quer mudar sistema de imigração para atrair talentos; e o Brasil? Empreendedores comentam


A atração de pessoas talentosas está diretamente associada ao aumento da criação de empregos e o crescimento da economia, e não sou eu quem está dizendo isso.

Barack Obama falou, num discurso em fevereiro, que a atração de empreendedores altamente capacitados e engenheiros fará a econômica norte-americana crescer. Mas será que o Brasil também está se mexendo nessa direção?

Minha pesquisa durante as últimas semanas mostrou que sim e não.

Sim, porque o Conselho Nacional de Imigração acaba de criar uma comissão especial para o “estudo do sistema brasileiro de migração laboral qualificada”. Aqui, a ideia é estudar e avaliar a eficácia do sistema atual de vistos de trabalho –a lei que rege a expedição de vistos de trabalho no Brasil atualmente é de 1980.

Segundo Paulo Sérgio de Almeida, do conselho de imigração, “é preciso aprofundar o conhecimento da demanda por profissionais estrangeiros e avaliar se o atual sistema de vistos de trabalho é capaz de oferecer respostas na velocidade necessária.” A prioridade, diz ele, ainda fica com o trabalhador brasileiro.

Enquanto o Brasil começa a se organizar, os estrangeiros que querem se estabelecer no país como empreendedores enfrentam dificuldades, já que só existem vistos para investidores.

“Infelizmente, tenho que dizer que o processo de conseguir um visto permanente no Brasil não foi fácil. Comecei o processo quando cheguei aqui, em julho de 2011. Depois de seis meses, meu visto temporário expirou e eu, minha mulher e minhas duas filhas fomos obrigados a voltar para os EUA por dois meses para esperar que o processo de visto fosse finalizado”, contou Davis Smith, Co-CEO da Baby.com.br, uma companhia que já emprega mais de 250 brasileiros. O visto do empresário saiu, por fim, em fevereiro de 2012.

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Smith teve dificuldade para se instalar no Brasil; já emprega 250 brasileiros na Baby.com.br

Davis me disse que é ótimo o fato de eles terem contratado apenas brasileiros por enquanto, mas também é fato que “imigrantes frequentemente se tornam grandes cidadãos”. “Nós adoraríamos empregar alguns funcionários altamente treinados dos Estados Unidos ou de outros países, mas o processo é muito complexo e rígido. Desencorajar imigrantes talentosos de se mudar para o seu país nunca é uma coisa boa.”

O empresário disse que espera que o Brasil e os Estados Unidos façam melhoras nessa área ao facilitar o processo de visto. Para ele, um modelo para os dois países é o Chile, que selecionou empreendedores, pagou US$ 40 mil para eles virem ao país e forneceu vistos de trabalho imediatamente.

Estrelas alinhadas

Nos Estados Unidos, o processo de mudança na lei de imigração está um pouco mais avançado. O Congresso americano considera uma mudança geral nas leis de imigração e representantes do Vale do Silício já se dirigem à Washington para defender a reforma nos vistos a empreendedores e engenheiros –o New York Times apontou o processo acabou juntando executivos de tecnologia e defensores de imigrantes ilegais. “Fundadores de startups, que raramente abandonam seus computadores, voaram pelos EUA para se reunir com representantes do legislativo”, diz o artigo do jornal.

O Congresso norte-americano já começa também a ouvir executivos da área e Steve Case, fundador da AOL, foi a primeira “testemunha” a falar sobre o assunto. A lei avançou, conta o New York Times, porque poderosos senadores republicanos e democratas chegaram a um acordo sobre alguns princípios básicos que envolveriam a reforma nas leis de imigração. Ajuda o andamento do caso o fato de Barack Obama já ter demonstrado publicamente seu apoio a mudanças na lei para garantir mais vistos e a manutenção da inovação e do crescimento dos empregos.

Também apoiam as mudanças companhias gigantes como Facebook e Microsoft, que já disseram que realocaram engenheiros para outros países pelos problemas na lei.

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Imagem: RPEV

O momento norte-americano é definido como um “alinhamento de estrelas” para que a mudança venha, diz o New York Times. O visto para empreendedores e engenheiros qualificados seria focado na sigla STEM, que, do inglês, quer dizer ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Para os brasileiros que já passaram pelo Vale do Silício e abriram escritório nos EUA, a mudança é necessária. “É uma necessidade e muito importante para mantermos o ecossistema do Vale do Silício”, conta Helcio Nobre, COO da Dabee, que tem escritórios em EUA, Brasil e Índia. Segundo ele, o processo de retirada de visto para brasileiros é complicado, mas um bom advogado de imigração e paciência resolvem o problema. Ele afirma que uma empresa grande patrocinando o visto também facilita o processo.

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Terra já trabalhou no Vale do Silício e questiona sobre a fuga de talentos

Andre Terra, da startup QualCanal, considera a iniciativa ótima por beneficiar o empreendedorismo global. A QualCanal participou de um processo de aceleração na 500 Startups, no Vale do Silício, mas o foco da startup é o Brasil, então eles já estão de volta. Segundo ele, o processo de obtenção do visto para fazer a aceleração foi facilitado pelo apoio de um fundo norte-americano. “Quando existe interesse desse nível por parte de uma empresa americana eles não querem atrapalhar muito”, contou.

Davis, da Baby, afirma não considerar os EUA uma grande referência no processo de emissão de vistos de trabalho. Segundo ele, as demandas massivas e complicadas no último século fizeram com que o país desenvolvesse o que se tornaram algumas políticas “ridículas e complicadas” de imigração. “O processo de visto não é transparente, leva tempo demais e não é ‘amigável’ com os empreendedores”, diz ele.

Essa falta de um processo amigável tem gerado preocupação nos EUA, conta Andre. “Eles estão muito preocupados com a queda no número de empreendedores imigrantes, que é expressiva”, diz ele. Segundo o empreendedor, é preciso colocar o projeto de lei em prática da perspectiva do Lean Startup. “É importante ir testando o que pode ser melhorado o quanto antes.”

Depois de passar uns meses no Vale do Silício, Andre também se mostra preocupado com o outro lado da moeda: a evasão de grandes talentos brasileiros. “Minha maior preocupação é que essa evasão seja maior e sem retorno”, disse. “Agora depois de viver uma experiência onde muitas coisas dão certo, onde não existe muita gente que não seja nota 10 em pro atividade, capacidade e comprometimento, onde o dinheiro e as oportunidades são extremamente abundantes não sei quantos estarão dispostos a retornar ao Brasil.”

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