O Google Glass fracassou como um produto para consumidores, mas encontrou um nicho entre empresas. O que ele nos reserva para o futuro? É segredo.
O projeto deixará de lado os testes públicos: o Glass será desenvolvido de forma secreta e lançado como um produto final, em vez de circular por aí na forma de protótipo.
Em 19 de janeiro, o Google fechará o programa Explorer: ou seja, deixará de vender o Glass por US$ 1.500, exceto para empresas e desenvolvedores.
Com os Explorers, o Google deixou por conta dos usuários descobrir novos usos para o Glass. Só que o dispositivo acabou sofrendo duras críticas relacionadas à privacidade e ao comportamento de alguns usuários – os “Glassholes”. Além disso, a maioria dos desenvolvedores para Glass desistiu da plataforma, devido à escassez de usuários.
O projeto continuará a ser capitaneado por Ivy Ross, uma veterana da indústria da arte que já trabalhou em campanhas de sucesso para como GAP, Calvin Klein e o site Art.com.
No entanto, o Glass não fará mais parte do laboratório Google X: ele terá uma divisão supervisionada por Tony Fadell, que comanda o Nest Labs. Esta empresa, adquirida pelo Google há um ano, produz dispositivos inteligentes para a casa, como termostatos e detectores de fumaça que podem ser controlados através da internet.
O que isso significa para o Glass? Não está claro se isso indica um novo foco em design, ou até mesmo uma ambição em interagir com casas conectadas. Vale notar que o Google é o principal investidor na Magic Leap, uma empresa notoriamente sigilosa de realidade aumentada – talvez por isso a empresa tenha revisto sua ideia do que a realidade aumentada deve ser.
Há um bom tempo, o Google prometia que o Glass seria lançado para consumidores em 2014; o lançamento só deve ocorrer este ano, e a empresa não diz quando. Rumores dizem que o novo Glass terá processador Intel. [Google+ e Wall Street Journal]
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