Se o PopcornTime, apresentado pela mídia como o Netflix Pirata, já causou grandes dores de cabeça, o HipHop seria a promessa de criar o inferno na Terra para a indústria fonográfica. Montado nos mesmos moldes do seu primo dos conteúdos audiovisuais, o HipHop vem para ser o Spotify, ou o Rdio, ou o Deezer pirata.
Com ele, é possível ter acesso ao streaming de mais de 45 milhões de canções, quase o dobro dos 26 milhões de faixas atualmente disponíveis na iTunes Store, e tudo sem precisar de cadastros, sem propaganda e – de acordo com os desenvolvedores – 100% seguro.
No entanto, apesar de estar circulando já há algumas semanas, o serviço recebeu pouca cobertura da mídia. Por que será?
Segundo o TorrentFreak, o problema é que enquanto no ramo dos filmes e seriados a situação ainda está se desenrolando, com o Netflix quase que monopolizando o mercado de transmissão sob demanda, o reino da música parece estar bem atendido. Existem diversos serviços de streaming, que além da canção em si, oferecem também a oportunidade de descobrir novos artistas e novos estilos. O YouTube se posiciona como outro grande player deste mercado, oferecendo o clipe para complementar a música.
O Spotify, por exemplo, também oferece a oportunidade de ouvir música completamente de graça em um plano inicial, ainda que ele tenha lá suas limitações.
Ou seja, empresas estão conseguindo competir com o conteúdo gratuito, fazendo mais do que simplesmente tocar a canção –
elas agregam algum tipo de valor àquela experiência, e isso faz com que o acesso ao conteúdo pirata perca um pouco da sua relevância.
Para aqueles que temiam uma supremacia da pirataria sobre conteúdos adquiridos legalmente, esse pode ser um importante sinal de que há sim luz no fim do túnel.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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