O aplicativo Yo de mensagens recebeu um milhão de dólares de investimento. Até aí tudo bem, apenas mais um dia no Vale do Silício. O louco da história é que o Yo só envia e recebe uma mensagem: “Yo”. É isso. O criador diz que o legal é que uma pessoa é próxima, ela sabe o que isso significa. “Sim”? “Não”? “Alô”? Alguns alarmistas receberam o investimento do Yo como o sinal de uma nova bolha da internet, um aplicativo bobo que não faz quase nada e recebeu um aporte milionário. Será?
O criador do Yo, Or Arbel, disse que construiu o app em oito horas e deixou claro que se trata de algo sério. A dúvida pairou porque o aplicativo foi lançado no dia primeiro de abril, mas a Apple não o liberou imediatamente para downloads porque achou que ele não estava pronto ainda.
Para algumas pessoas que fizeram a crítica no site de download de aplicativos, tudo não passa de uma piada e o sarcasmo é o tom dominante. “Além de simples e uma maneira efetiva de comunicação, Yo é um estilo de vida”, uma avaliação diz. “Desde que baixei esse app, todos os meus relacionamentos melhoraram e meu cabelo voltou a crescer”, acrescenta outra. Arbel não se abala e afirma que o aplicativo muda sua vida de maneira profunda.
Or Arbel busca outros investidores para o Yo. O aplicativo tem 50 mil usuários, mas é o vício do momento em startups como KickStarter e FourSquare. Para se ter uma ideia do tamanho do vício, 4 milhões de Yos já foram enviados, uma média de 80 por usuário. Muito para uma mensagem de duas letras que não tem significado prévio.
O gerente do fundo David Einhorm falou em entrevista ao Los Angeles Times que a próxima bolha da internet certamente virá em 15 anos e que a parte incerta é o quão grande ela pode ficar e quem vai estourá-la.
Arbel diz que não pretende adicionar novas opções no Yo e que o aplicativo continuará minimalista. Ele explica que é mais prático que um Whatsapp, por exemplo, porque só requer dois toques para enviar o Yo, o Whatsapp para enviar a mesma mensagem, exige 8 toques.
Seu approach para conseguir mais investimento é explicar que futuramente empresas vão poder enviar um Yo para os clientes. Se uma empresa entra em liquidação, por exemplo, ela te manda um Yo.
Para Arbel, a impressão de que o aplicativo não é sério é um “problema que temos que resolver” e pretende trabalhar nisso.
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