Em uma manobra que fará defensores da privacidade se contorcerem, o Kuwait aprovou uma lei que torna obrigatório o teste de DNA em todos os habitantes. De acordo com a AFP, quem se recusar a fazer o teste passará um ano na prisão, além de receber uma multa pesada.
A lei draconiana vai criar uma ampla base de dados sobre todos os que moram no Kuwait, presumivelmente tornando fácil a caça por criminosos depois que eles cometerem um crime. Todos os 1,3 milhões de cidadãos e 2,9 milhões de residentes estrangeiros no país serão afetados. Cerca de US$ 400 milhões serão gastos para implementar a base de dados de DNA.
Muitos países, incluindo a Inglaterra, Suécia e os Estados Unidos já tornaram rotina o armazenamento do DNA de criminosos. O programa do Kuwait será o primeiro a tornar obrigatório o teste de DNA para todo residente do país, independente de a pessoa ter antecedentes criminais.
A lei foi aprovada depois de recentes ataques terroristas realizados pelo Estado Islâmico na capital Cidade do Kuwait — um homem-bomba matou pelo menos 25 pessoas e feriu outras 227 na semana passada.
“Nós aprovamos a lei do teste de DNA e aprovamos o financiamento adicional”, disse o político local Jamal al-Omar, de acordo com a AFP. “Estamos preparados para providenciar qualquer coisa que possa melhorar as medidas de segurança do país”.
Quem se negar a oferecer uma amostra de DNA pode ficar preso por um ano e pagar multa equivalente a até R$ 100.000; e qualquer pessoa que submeter amostrar falsas pode ter de encarar até sete anos de prisão. [AFP]
Foto por thierry ehrmann/Flickr
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