Little Lady / Little Man não só reconhece a dicotomia da resistência aparentemente da vida e da sua fragilidade, mas também desafia o espectador a considerar conceitos que cercam a sua própria mortalidade.
Essa exposição fotográfica aborda um tema para que muitos pode parecer perturbador: a reflexão sobre a morte de um marido e sua mulher, por meio do uso de canção de ninar – cantada pelo próprio homem, como “herança” para sua família. Servindo como trilha para fotografias do leito final, em tamanho real. E calma que tem mais! Primeiro, play no vídeo abaixo, pra conhecer a música e entrar no clima.
O trabalho não trata apenas de um homem e uma mulher – eles são os avós do fotógrafo Jonathan Robin, e o título do projeto vem justamente das duas músicas gravadas secretamente pelo avô: “Little Lady Make Believe” e “Little Man You’ve Had a Busy Day”.
“As imagens do meu avô representam a nossa renúncia do físico: à medida que as camadas de suas roupas são removidas, o espectador vê como o tempo devasta nosso corpo…”
“Cicatrizes e rugas não são estritamente evidências da fragilidade física do homem, por serem uma prova contraditória à nossa capacidade fisiológica de suportar.”
Um fato interessante é que, entre as fotografias da avó, estão 3 retratos antigos feitos por Yousuf Karsh (um dos nomes mais importantes da fotografia), no auge da da bela dela. Criando assim um contraste com imagens captadas em suas horas finais.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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