Microempreendedora há dois anos, Glaucia Gomes começou a fabricar e vender chocolates artesanais para complementar a renda familiar. Seu marido ficou desempregado e as contas só aumentavam. Na época ela fazia curso de inglês e teve que abrir mão, dentre outras coisas, para poder quitar as dívidas. “Lembrei que quando criança minha mãe fazia e vendia chocolates, então comecei a fazer o mesmo.”
Glaucia trabalhava como telefonista em uma faculdade privada e pediu autorização para comercializar os doces no próprio trabalho, uma semana antes da Páscoa. Para sua surpresa, a ideia deu certo: vendeu todos os 30 bombons que havia levado. No salário do mês seguinte, separou R$ 80, foi ao mercadão de Madureira, no Rio de Janeiro, onde mora, e comprou formas, chocolates em barra e alguns materiais para fazer recheios. No dia posterior, vendeu mais 30 bombons. Este foi o pontapé inicial para que a empreendedora ficasse conhecida e começasse a se aperfeiçoar, através de cursos, dando início à GalGal Chocolates Artesanais. “Comecei a perceber que o produto era bom e todos compravam”, explica.
Mas ainda faltava um diferencial. Como fazia faculdade de Nutrição, Glaucia passou a aliar teoria com prática com a ajuda de uma professora: seus chocolates também passaram a visar o bem-estar nutricional dos clientes. “Comecei a fazer pão de mel e cupcake com fibras, para torná-los mais nutritivos.” Além disso, começou a fabricar chocolates personalizados com fotos e a promover feiras artesanais. As vendas lhe renderam novos utensílios para a fabricação dos chocolates, a quitação das dívidas e, o mais importante, o reconhecimento dos clientes, promovendo o marketing boca a boca. http://galgalchocolatesartesanais.blogspot.com.br/