O Voopter é uma plataforma que não parece extremamente novo, mas seu CEO promete que sim, é. O site é um comparador de passagens aéreas com o diferencial de encaminhar o cliente diretamente para as empresas sem cobrar taxas. “Não vendemos passagem, só fazemos comparação. É um recurso para as pessoas pesquisarem passagens baratas por conta própria”, explica o CEO, Petterson Paiva (foto).
A empresa recebeu aporte da Global Founders Capital no fim de 2013. Petterson conta que foi na casa dos milhões, mas por claúsula contratual não revela o valor exato.
Conversamos com Petterson Paiva e trazemos as principais partes abaixo.
Quem são seus concorrentes?
Nossa concorrência teoricamente seria Submarino Viagens ou Decolar.com, mas essas empresas são agências de viagens, que intermediam a relação do consumidor com a companhia aérea e cobram por isso. As pessoas sempre usaram esses sites para pesquisar o preço, depois fechavam o site e entravam no da companhia aérea, porque elas já perceberam que é mais barata a compra direta. Vimos nisso uma oportunidade. Oferecemos essa comparação melhor que no site da agência de viagens e que leva o consumidor diretamente ao carrinho de compras da companhia aérea.
Nosso principal concorrente, que também é diferente, é o Melhores Destinos. Fora do Brasil tem clássicos que eu e meu sócio conhecemos bem e com os quais já trabalhamos, como a Kayak e a Skyscanner.
Como vocês monetizam?
A principal fonte de receita é o comissionamento por parte da companhia aéria, que sabe que o consumidor veio do Voopter e paga a comissão. Não existe nenhuma surpresa para o cliente, nenhuma taxa extra no final, mas a companhia aérea nos gratifica. Também fazemos publicidade no site. Já temos acordos com todas as companhias aéreas nacionais e para vôos internacionais mostramos preços das agências de viagem.
Quando a empresa foi lançada?
A gente lançou no Brasil em 2012, mas já tínhamos feito um teste beta em Portugal e na Espanha, no fim de 2010. Aprimoramos o produto lá e depois trouxemos para cá. Como chegamos no Brasil e estávamos num bom caminho, ao receber o aporte, a Global Founders Capital nos orientaram a focarmos no mercado brasileiro e expandir para a América Latina no futuro.
Quais são os planos de futuro da empresa?
Queremos principalmente crescer no Brasil para depois ir para o restante da América Latina. Estamos cada vez mais investindo na interface e facilitamos o processo de compra para o cliente. Queremos aprimorar ainda mais nosso recurso, nosso buscador. Temos, por exemplo, um alerta que avisa o cliente quando passagens que ele já buscou estão mais baratas. É nesse tipo de recurso que queremos investir.
Qual é a fatia de mercado que o Voopter ocupa?
Temos o objetivo de chegar a 50% até o fim do ano, mas calculamos que temos 30% atualmente. É difícil calcular porque os dados não são públicos, mas temos como base tráfego na internet e número de pessoas nas bases de dados.
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