Sabe que os rumores que diziam que o Galaxy S6 teria bem menos bloatware? Que diziam que vários aplicativos da Samsung seriam deletáveis se não completamente opcionais? É, era tudo mentira. Chato dizer isso, mas o Galaxy S6 tem o mesmo bloatware de sempre.
À primeira vista, os novos S6 e S6 Edge parecem ser menos confusos, mas você vai mesmo encontrar cerca de 56 aplicativos pré-instalados. São seis a mais que os 50 que você encontra no Galaxy Note 4! Além dos apps do Google que vêm com qualquer celular novo (Play Banca? Faça me o favor), também estão apps da Samsung como o S Voice and S Saúde, novos aplicativos da Microsoft, o OneDrive (destinado a suavizar o trauma de não ter slot para cartões microSD), aplicativos sociais variados como Whatsapp e Instagram, e apps de operadoras (6 na T-Mobile), e, claro, uma tonelada de lixo. Um Moto G da primeira geração –que roda um Android próximo ao padrão– vem com 33 apps.
E, apesar das declarações da Samsung de que “a empresa permite aos usuários remover os aplicativos pré-instaladas no Galaxy S6 e S6 Edge”, o máximo que você pode fazer é “desabilitá-los”. Isto remove o app da tela inicial e da gaveta de apps, mas não do telefone. Você está basicamente optando por colocá-los em uma espécie de limbo, fora da vista, mas não fora do armazenamento.
Então o que mudou em relação à última vez? Pouca coisa. O Lollipop com o Samsung TouchWiz facilita o processo para desativar aplicativos em rápida sucessão. Você pode desativar a calculadora no S6, o que não dava para fazer no Note 4. Mas isso é tudo. Coisinhas apenas. É, em grande parte, o mesmo velho inchaço, apesar de todas as nossas esperanças ingênuas.
A Samsung fez os seguintes ajustes em sua declaração quando eu pedi um pequeno esclarecimento:
Simplicidade é fundamental para a usabilidade e funcionalidade, por isso o Galaxy S6 e o Galaxy S6 Edge oferecem uma experiência de usuário refinada e otimizada e a oferta de aplicativos de núcleo e pré-carregados foi simplificada. Alguns aplicativos podem ser desinstalados, enquanto alguns podem ser desativados, e isso varia conforme a região e operadora. Além disso, 40% dos passos e recursos foram suprimidos em comparação com os modelos anteriores.
Fraaaaaaaco.
Isso não quer dizer que não há melhorias, no entanto. A mais nova versão do TouchWiz é mais refinada, mais lisa e mais bonita do que nunca. Os extras que a Samsung coloca no sistema operacional são realmente menos intrusivos do que nunca, e em alguns aspectos realmente deixam o Android melhor. A Samsung melhora o acesso a coisas como o controle deslizante de volume de mídia, coisa que o Android puro inexplicavelmente enterra.
A chata tarefa de desativar todos os aplicativos de bloatware de um telefone novo também é, pelo menos, um pouco mais simples do que era em modelos anteriores. Com a nova interface, você leva quatro ou cinco minutos nisso, em oposição a sete ou oito minutos se você está indo tão longe a ponto de desativar os aplicativos e mergulhar em configurações para apagar todos os seus dados armazenados. Mesmo se você não fizer isso, o bloatware não ocupa muito espaço; não mais de 100 MB, pelo que eu pude ver.
Mas nós estávamos esperando que o S6 pudesse realizar nossos sonhos e ser próximo ao Android puro, e ter que lidar com toda essa sujeira em tudo é um pé no saco, que faz o novo telefone de topo de linha da Samsung parecer um modelo mais barato, repleto de software para ajudar a manter o preço baixo — o que nós sabemos que não é o caso aqui. Essa é uma ótima maneira de fazer um ótimo telefone parecer pior do que ele é desde o início.
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