Organoides são órgãos simplificados e em miniatura. Eles estão sendo cultivados por geneticistas a partir de células vivas de câncer, criando pequenos tumores vivos para serem estudados. Talvez pareça assustador, mas esta pode ser uma forma personalizada para tratar diversos tipos de câncer.
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Em um estudo publicado esta semana na revista Cell, o geneticista Mathew Garnett e seus colegas descrevem como eles cultivaram organoides de câncer do cólon, a maior parte do intestino grosso.
Os pesquisadores dizem que estes tumores em miniatura são muito parecidos com os originais, tanto que eles podem ser usados para testar quais remédios combatem o tumor de forma mais eficiente.
O problema
Assim como o genoma de cada pessoa é diferente, o genoma de cada tumor também é, e a genética dele influencia como ele reagirá a cada remédio. Pesquisadores já têm uma ideia de quais mutações genéticas criam o câncer no intestino, mas a lista é tão longa que eles não sabem como cada mutação contribui para o aparecimento do câncer.
Além disso, é difícil avaliar o genoma de determinado paciente e chegar a boas conclusões sobre quais remédios funcionaram melhor para ele. Então os pesquisadores precisam testar os medicamentos em um modelo.
Atualmente, a maior parte das pesquisas sobre câncer dependem de cultivar células tumorais em placas de Petri. Essas culturas podem ser muito úteis, mas elas não têm a mesma estrutura do tumor real, nem a mesma diversidade de tipos celulares. Os médicos podem sequenciar o genoma das culturas criadas nas placas de Petri, mas é difícil usá-lo para prever como determinado tumor em determinado paciente irá reagir a um remédio.