A nave espacial Orion, da NASA, é uma das mais avançadas já construídas. Ela deveria decolar nesta manhã do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Flórida. O lançamento estava previsto para 10h05 (horário de Brasília), mas a NASA resolveu mudar para amanhã porque não havia condições meteorológicas. Se o teste for bem sucedido, poderemos ver a nave, em breve, levando astronautas para Lua, Marte e além.
O voo de testes será feito assim:
… o voo de testes não-tripulado irá levá-lo a 6.000 km acima da Terra em uma missão de 4,5 horas para testar muitos dos sistemas necessários para as futuras missões humanas no espaço profundo. Depois de duas órbitas, a Orion irá reentrar na atmosfera da Terra a cerca de 30.000 km/h, atingindo temperaturas perto de 2.200°C antes que seu sistema de paraquedas seja ativado, desacelerando a cápsula para que ela caia no Oceano Pacífico.
Se tudo correr conforme o esperado, será mais ou menos assim:
Oficialmente chamada de Orion MPCV (Veículo Tripulado Multiuso), esta cápsula é especificamente construída para viajar até a Lua, Marte, ou mesmo para o espaço profundo – ou seja, muito além da órbita terrestre baixa – e depois voltar para a Terra em segurança. A NASA planeja usar uma frota destes veículos espaciais para quase tudo, seja para abastecer a ISS, seja para enviar uma tripulação até um asteroide.
Até o final da década, a NASA vai enviar uma nave espacial robótica para capturar um asteroide de 12 m e trazê-lo para perto da Terra, colocando-o em uma órbita em torno da Lua. Depois, “em meados da década de 2020″, a agência enviará astronautas em uma nave espacial Orion para estudá-lo. Eles farão uma coleta de amostras e depois retornarão para a Terra.
A Orion, desenvolvida pela Lockheed Martin, é composta por três subsistemas primários: o LAS, para abortar o lançamento e evitar acidentes; o módulo da tripulação, onde ficam até seis astronautas e tudo o que eles precisam para viver no espaço; e o módulo de serviço, que controla a propulsão e captura energia solar para manter tudo funcionando.
Se o voo de teste for bem sucedido, a NASA poderá levar pessoas para a Lua e reviver a indústria aeroespacial até 2021. Se falhar, bem, são US$ 375 milhões – o custo apenas dessa cápsula – indo para o ralo. [NASA]
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