Em sua pequena sede com tijolos vermelhos, o Instituto de Sistemas de Software Integrado (ISIS), da Unversidade Vanderbilt (EUA), está trabalhando em uma revolução na tecnologia de smartphones. Não se trata de telas melhores, nem de uma bateria com duração maior: é um celular quebra-cabeças que pode mudar a forma como os militares americanos se comunicam.
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O ISIS é liderado por Janos Sztipanovits, ex-gerente na DARPA – agência do governo americano que desenvolve tecnologias militares. O instituto faz parte dos esforços militares em criar um smartphone hiperseguro, e desempenha um papel fundamental no programa Transformative Apps da DARPA, para criar um ecossistema de apps que soldados possam usar no campo de batalha.
Mas o financiamento para o TransApp vai acabar no final do ano, então Sandeep Neema, chefe do projeto, está de olho na próxima grande novidade. Em uma entrevista recente, ele me disse que isso, sem dúvida, é o Projeto Ara do Google e o smartphone modular.
Um celular para qualquer situação
Certamente você já ouviu falar do Projeto Ara: desenvolvido inicialmente pela equipe ATAP da Motorola Mobility, ele visa criar as bases para um smartphone totalmente modular, que deve custar a partir de US$ 50. É uma tentativa realista para trazer à realidade o sonho dos PhoneBloks.
O desafio é tão interessante (e equipe é tão brilhante) que o Google manteve a ATAP quando vendeu a Motorola para a Lenovo. Este ano, o Google organizou a primeira conferência de desenvolvedores Ara, e agora a ATAP trabalha em conjunto com a equipe do Android.