Existem exoplanetas que desafiam a imaginação: tome por exemplo os “planetas oculares”, que lembram o formato de um globo ocular por serem metade congelados e metade escaldantes com o calor de sua estrela. Curiosamente, esse parece ser um ótimo lugar para surgir vida.
Como isso funciona? O astrônomo Sean Raymond explica na revista Nautilus porque devemos observar de perto os “planetas oculares” em nossa busca por vida no universo.
Basicamente, os planetas mais fáceis de encontrar são aqueles que orbitam perto de suas estrelas. E caso eles estejam na zona habitável – que permite surgir água líquida – eles ficarão muito perto dessa estrela.
Isso força o planeta a manter uma posição diferente: o mesmo hemisfério fica sempre virado para o sol. O ponto quente, sempre mais próximo da estrela, é a “pupila” nesta analogia ao globo ocular. Existem dois tipos de planetas oculares: quentes e frios, dependendo de sua proximidade à estrela.
No planeta quente, a água entra em ebulição na parte iluminada pelo sol, e permanece congelada na parte não-iluminada. Há ventos que levam o vapor para o lado congelado, onde ele se transforma em água e, depois, em gelo.
À medida que isso acontece, as placas de gelo vão ficando mais pesadas. E devido à pressão, a camada de baixo flui lentamente para baixo – no caso, para o lado quente. Isso, segundo Raymond, cria rios entre os dois lados do planeta. Assim: