O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, minimizou a queda na geração de empregos registrada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que teve o pior resultado para um mês de julho nos últimos dez anos.
Segundo Freitas, apesar da redução, “o Brasil continua gerando empregos”, ao contrário de economias em crise, que sequer estão criando postos de trabalho. “Meus colegas sindicalistas da Europa e dos Estados Unidos não têm a possibilidade de discutir a variação da quantidade de empregos que foi criada. O que existe lá é taxa de desemprego e como é que evita o desemprego em massa que está ocorrendo”, disse.
Os dados do Caged, divulgados hoje, mostram que o saldo líquido da geração de empregos em julho foi o mais baixo dos últimos dez anos, com a criação de 41,4 mil postos – resultado de 1.781.308 admissões e 1.739.845 demissões. Um desempenho pior ocorreu em julho de 2003, com 37,2 mil. No mesmo mês do ano passado, o volume de empregos gerados foi 142,4 mil – mais de 100 mil acima do que o resultado deste ano.
Apesar de relativizar a queda, Freitas reconheceu que os números de geração de emprego preocupam os sindicalistas e ressaltou que o resultado do Caged em julho deve ser tomado como um “alerta” para o governo e para as centrais. “Queremos, evidentemente, que se gere mais emprego sempre. Esse dado do Caged é um alerta para a gente continuar, nas negociações salariais, a colocar o tema geração de emprego e manutenção de emprego como prioridade das nossas pautas”.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, também minimizou o resultado do Caged. Disse que o Brasil “tem dado goleada” em qualquer comparação de estatísticas de geração de emprego. “No acumulado, é indiscutível que a política de pleno emprego está em vigor”, declarou.
Informações Agência Brasil