Em dois anos de criação, o Programa Crescer – que oferece microcrédito produtivo orientado para pequenos empreendedores – emprestou R$ 9 bilhões a 3,5 milhões de brasileiros. Ao fazer um balanço do plano, Dilma Rousseff disse que 64% das pessoas que tomaram o crédito para abrir ou expandir os pequenos negócios são mulheres.
Ela lembrou que, por meio do Crescer, são oferecidos empréstimos que vão de R$ 300 a R$ 15 mil, a juros de 5% ao ano. “Essas pessoas estão melhorando de vida, aumentando a renda da família e movimentando a economia nos seus bairros e na sua cidade. Com o Crescer, o governo federal está apoiando o espírito empreendedor do brasileiro, encorajando muita gente a abrir ou ampliar o próprio negócio”, disse.
Dilma ressaltou que o crédito pode ser tomado por quem quer montar o próprio negócio ou já tem um empreendimento e fatura até R$ 120 mil por ano ou R$ 10 mil por mês. Quando o empréstimo é para capital de giro – usado no dia a dia do negócio, para comprar, por exemplo, mercadorias – o prazo para pagar é de até 12 meses. Em caso de empréstimo para investimento, como uma reforma, uma ampliação ou a compra de uma máquina, o prazo chega a três anos. O programa também conta com agentes que orientam os pequenos empreendedores a planejar as comprar, organizar os pagamentos, montar um fluxo de caixa e a separar o orçamento da empresa do rendimento da família.
O acesso aos recursos é feito por meio do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, do Bando da Amazônia, do Banrisul, do Banestes e da Agência de Fomento do Paraná.
Os empréstimos, nesses dois anos do Crescer, têm valor médio de R$ 1,3 mil e 95% das pessoas que tomam crédito pagam em dia. Além disso, 76% dos empréstimos do Crescer foram para o Nordeste e das 3,5 milhões de pessoas que receberam os recursos, 1,2 milhão são beneficiários do Bolsa Família. “Isso mostra que, mesmo recebendo o benefício, essas pessoas continuam lutando para aumentar a renda e melhorar de vida”, acrescentou a presidenta.